Com mais de 220 mil trabalhadores da Educação Básica vacinados com a primeira dose, o Paraná ultrapassou na semana passada o total do público estimado inicialmente para este grupo prioritário, de pouco mais de 215 mil pessoas, segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19.
De acordo com o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), 222.556 profissionais receberam a primeira dose no Estado. Outros 2.456 já tomaram a segunda dose ou dose única e estão com o esquema vacinal completo. O grupo é composto por profissionais de creches e pré-escolas, ensino fundamental, médio, profissionalizante e EJA tanto da rede pública (municipais e estadual) quanto da rede privada, sendo mais de 83% mulheres.
Por consequência da marca de seis meses de vacinação no Paraná, o que se vê nas escolas são profissionais vacinados, com algumas exceções de pessoas com alguma condição específica ou que não puderam tomar a vacina no dia indicado.
É uma realidade bem diferente daquele 18 de janeiro de 2021, ainda em férias escolares, dia da aplicação da primeira vacina no Paraná. O hiato entre os dois recessos (janeiro e julho) é justamente o intervalo de imunização, o que possibilitou o retorno gradual dos alunos para as salas de aula.
No Colégio Estadual Profª Marli Queiroz de Azevedo, na Cidade Industrial de Curitiba, todos os 103 trabalhadores da instituição foram vacinados. “A última professora tomou há pouco tempo, pela idade de 41 anos, pois na vez pela escola tinha testado positivo para a Covid-19 e não podia tomar. Outros haviam tomado a vacina da gripe e precisaram esperar 15 dias, mas agora todos já receberam”, diz a diretora Tânia Sugamosto Hennequin.
A escola retomou as atividades presenciais no dia 21 de junho com todas as suas 47 turmas regulares dos ensinos fundamental II e médio em três períodos. Quase 40% dos mais de 1,6 mil estudantes já voltaram. “Como nós tomamos os cuidados e está tudo muito bem organizado, a maioria não teve receio em retomar as aulas, mas naturalmente existia uma preocupação. Com a vacinação, os professores e funcionários se sentiram mais seguros”, relata.