Dia Internacional do Orgulho LGBTQ: secretaria da Justiça, Família e Trabalho promove livro que traça perfil da comunidade
O livro, que traz um recorte do perfil da população LGBT brasileira, é uma realização do Instituto Brasileiro da Diversidade Sexual (IBDSEX)
O Governo do Estado, por meio da secretaria da Justiça, Família e Trabalho, promoveu nesta segunda-feira (27) um evento de lançamento do livro “Ensaio sobre o perfil da Comunidade LGBT”, obra que tem como base pesquisa com metodologia e análise crítica fundamentada em saberes científicos. A cerimônica foi em lembrança ao Dia Internacional do Orgulho LGBTI, nesta terça-feira (28).
O livro, que traz um recorte do perfil da população LGBT brasileira, é uma realização do Instituto Brasileiro da Diversidade Sexual (IBDSEX). A organização é de Humberto da Cunha Alves de Souza, Sérgio Rogério Azevedo Junqueira e Toni Reis, todos do IBDSEX.
Um dos recortes de maior destaque do livro trata da rejeição familiar e do preconceito social. “Precisamos mudar isso. Entendemos que tudo começa pelo respeito aos direitos humanos. Há garantias institucionais para todos os gêneros. O poder público está à disposição de todos para a observância desse direito”, afirmou o secretário da Justiça, Família e Trabalho Rogério Carboni.
Nahomi Helena de Santana escreiora do capítulo sete abordou a questão da discriminação, com uma análise legal e de necessidade de políticas públicas para LGBT. A autora relata que, a partir da experiência do livro, se começa a fomentar o pensamento e a produção de ciência.
“Ele nos permite uma reflexão sobre estatísticas, explorando isso dentro da economia, do direito, da psicologia, da medicina e de todas os campos da saúde. Nele, mapeamos quais são as maiores dificuldades. É interessante pensar que até hoje isso não existia no Brasil, e que isso nasce aqui no Paraná”, ressaltou.
A diretora-presidente do Centro Paranaense da Cidadania (Cepac), Rafaelly Wiest enfatizou que o livro traz a discussão às políticas públicas para a população LGBT em sua parte científica e acadêmica.
“Seu resultado é o fruto das questões relacionadas às atividades que as organizações promovem e suas boas práticas. Questões relevantes, como políticas públicas a favor da comunidade LGBT e a sua aplicabilidade, e o quanto ela é utilizada. Nosso desafio é trabalhar com a igualdade e o respeito e esse livro é uma obra muito importante nesse sentido”, afirmou.
Para Lucas Siqueira, do Grupo Dignidade, a iniciativa dá visibilidade a essa população. “Estamos dizendo ao poder público que precisamos de dados, que nós existimos. Cumprimos nossos deveres como cidadãos e temos nossos direitos iguais, como cidadãos também. Não pedimos nenhum privilégio, mas, sim, direitos iguais”, reforçou.