Ballerina encanta o público em mostra de dança em comemoração aos 40 anos do studio
Espetáculo apresentou as coreografias que marcaram a história do studio. Confira algumas fotos e vídeos das apresentações
O Ballerina Studio de Dança de Laranjeiras do Sul realizou no sábado (2), no Cine Teatro Iguassu, a mostra em comemoração dos 40 anos de sua existência no município. O evento destacou a linha do tempo das apresentações realizadas durante a trajetória do studio, reunindo as coreografias apresentadas em eventos e nos festivais anuais. A mostra também contou com a participação do Balancé Escola de Dança, de Prudentópolis e do Estúdio Leidi Lua, de Nova Laranjeiras, que agraciaram o evento com presentes especiais: coreografias que somaram aos bailarinos do Ballerina e encantaram o público.
Ao fim da mostra, bailarinos, professores, pais e ex-alunos se reuniram no palco para cantar os parabéns ao studio e a todos que fizeram parte dele. E para completar a noite, o público ainda teve um gostinho do próximo festival, que vai acontecer no dia 26 de novembro desse ano. O espetáculo possui o tema Encanto, baseado em uma produção dos Estúdios Walt Disney e que já tem roteiro em andamento. A amostra de Encanto foi a cereja do bolo desses 40 anos de muita história que culminou em um evento de muito brilho e emoção.
História
A professora de dança e fundadora do Ballerina, Clarice Echer Garçoa, lecionou Educação Física no colégio Érico Veríssimo em 1980, ano em que começou a desenvolver coreografias de estilo livre com um grupo, para que realizassem apresentações na cidade. “O grupo era muito requisitado em todos os eventos que aconteciam”, conta ela.
No ano seguinte, Clarice abriu a Academia de Ginástica e Dança Livre. Em 1982, a aluna de ginástica Rosicler Tedesco, conhecida como “tia Rose”, propôs que as duas trabalhassem com balé clássico, depois com jazz, e sempre praticando a ginástica. E assim, as duas iniciaram a sua jornada, com a criação do Ballerina. “No mesmo ano, fizemos a nossa primeira apresentação no então Clube Pinheiros, no meio do salão de baile, com discos de vinil em um toca disco no palco. Tínhamos que ligar e sair de fininho, porque dependendo do movimento, o disco falhava e precisávamos começar tudo de novo”.
As apresentações continuaram, até que em 1994, começaram as apresentações anuais temáticas. “Escolhíamos um tema e desenvolvíamos várias coreografias relacionadas. Foi ficando mais elaborado a cada ano e o nosso querido público se encantava mais e mais”. O primeiro festival temático foi ‘Circo’, apresentado no Clube Operário.
Em 2009 aconteceu o festival com o tema ‘Coleções’, quando o studio se despediu de tia Rose, que mudou-se para a Argentina. “Muitos espetáculos vieram, como Natal, A Bela e a Fera, Cinderela, Fantasmas de Scrooge, Rei Leão, Rei do Show.
Durante esse tempo, Clarice destaca que muitos professores e mestres renomados em jazz e balé clássico permaneceram com o studio, para aprimorar o trabalho, formando muitas bailarinas.
Fortes emoções
Para Clarice, a mostra provocou um misto de emoções. O carinho que recebeu ao fim do espetáculo trouxe muita saudade pelo tempo que passou e animou as expectativas pelo que ainda está por vir. “É um sentimento enorme”, relata Clarice. “Eu agradeço a Deus, que foi maravilhoso nesse tempo e me proporcionou muitos desses momentos. Realizamos a mostra para contar um pouco dessa história. Foi muito emocionante, não só para mim. Bailarinos, ex-bailarinos, pais e professores, todos nos envolvemos para que esse momento pudesse acontecer”.
Seus agradecimentos também são destinados a todas as pessoas que acompanharam e incentivaram a trajetória e aqueles que já passaram pelo studio. “40 anos é muita história, é uma vida, e isso é motivo de muita felicidade e emoção. Agradeço a todos que de uma forma ou de outra sempre foram parte da família Ballerina”.
Inspiração
A bailarina Camila Marochi Telles, destacou toda sua admiração e carinho pelo empenho e sentimento que Clarice expressa através do balé. “É uma coisa muita pura”, disse. “A Clarice passa um espírito na dança”.
Camila começou pequena no balé. Por volta dos seis anos de idade entrou para o Ballerina, praticou a dança durante cinco anos, depois foi embora de Laranjeiras, retornou e voltou para o balé. “Houve um hiato de uns 15 anos. Mas eu sempre tive a Clarice na minha memória”, acrescenta, expressando a marca deixada pela professora de dança no seu caminho no balé.
Para ela foi incrível perceber e sentir todo o carinho do público e dos envolvidos no evento, por conta de toda a trajetória do studio. Camila ressalta o fato de Clarice ter sido a pioneira do balé em Laranjeiras, e com tantos anos de história o evento não poderia ter tido uma dimensão diferente. “Ela é uma inspiração para quem é mais jovem”.