Cinco práticas essenciais que podem melhora o seu bem-estar – Jornal Correio do Povo

Cinco práticas essenciais que podem melhora o seu bem-estar

Para estarmos bem, precisamos cuidar de todas as esferas de nossa vida e realizar práticas de bem-estar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Para estarmos bem, precisamos cuidar de todas as esferas de nossa vida e realizar práticas de bem-estar. Desde o corpo até as emoções. Em todos os ambientes em que somos afetados, seja na família, trabalho, amizades, bairro, comunidades.

1. Acalme sua mente

O primeiro passo para o bem-estar é parar e diminuir o ritmo por alguns minutos. Criar mais intimidade consigo mesmo e com sua mente. A meditação é uma prática comprovada para o bem-estar.

2. Faça o que tem que ser feito

Agir para que as pendências se resolvam o quanto antes também é uma forma de aliviar o estresse, diminuir a culpa e melhorar o bem-estar. Uma boa forma de fazer isso é parar de vincular promessas ou metas em questões pessoais e focar na realização, sem enganar aos outros e a nós mesmos.

3. Crie conexões verdadeiras

Essa prática é um dos melhores remédios para nosso egoísmo, característica que pode afetar nosso bem-estar. Quando criamos conexões verdadeiras, desenvolvendo interesse genuíno pelo outro, tiramos um pouco o foco de nossas preocupações e nos damos conta dos infinitos universos que existem além do nosso.

4. Sonhe a si mesmo

Cada um de nós pode exercer seu potencial humano mais pleno, superando as dificuldades emocionais e as visões limitantes. Conseguir sonhar a si mesmo é olhar para além do que nos é oferecido, encontrar nossas aspirações mais profundas e desenhar passos para alcançá-las.

5. Abrace suas incertezas

Em vez de reagir, se culpar, culpar os outros, se estressar, lutar e sofrer com aquilo que acreditamos ser verdade, porque não questionamos nossas verdades e abraçamos as incertezas da vida? Observar onde colocamos seriedade e peso, reconhecendo que nem tudo o que acreditamos ser certo é da mesma forma para todos, nos liberta de sentimentos negativos como a culpa, a pressão, a dor.

Dieta mediterrânea pode melhorar memória e cognição

Os benefícios desse padrão alimentar é realizado devido às alterações que promove no equilíbrio das bactérias intestinais

Reconhecida mundialmente por seus benefícios à saúde, a dieta mediterrânea foi eleita a melhor dieta de 2025 pela U.S. News & World Report, marcando o sexto ano consecutivo no topo. Recentemente, um estudo apontou que esse padrão alimentar pode melhorar a memória e a cognição, possivelmente devido às alterações que promove no equilíbrio das bactérias intestinais.

A pesquisa, publicada no Gut Microbes Reports, foi conduzida pela Escola de Medicina da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos. Os cientistas observaram que quem segue a dieta mediterrânea tende a apresentar um microbioma intestinal distinto em relação a quem adota uma dieta ocidental típica, rica em gorduras saturadas e carboidratos refinados. Essas diferenças bacterianas foram relacionadas a uma melhor performance cognitiva e de memória.

“Já sabemos que a alimentação tem impacto na função cerebral, mas nosso estudo investiga como isso acontece”, explicou Rebecca Solch-Ottaiano, pesquisadora da Tulane e principal autora do estudo. “As descobertas indicam que as escolhas alimentares podem influenciar diretamente o cérebro ao moldar o microbioma intestinal.”

Características

Com base em alimentos frescos e naturais, a dieta mediterrânea privilegia frutas, vegetais, cereais integrais, peixes, nozes e azeite de oliva como principal fonte de gordura. O consumo de carne vermelha e gorduras saturadas é minimizado, enquanto carnes magras e especiarias são incentivadas.

Detalhes do estudo

Utilizando camundongos com idades equivalentes a 18 anos humanos, os pesquisadores alimentaram um grupo com uma dieta mediterrânea rica em azeite, peixe e fibras durante 14 semanas. Em outro grupo, foi utilizada uma dieta ocidental rica em gorduras saturadas. Ao final do período, os camundongos submetidos à dieta mediterrânea apresentaram maior presença de quatro tipos de bactérias benéficas no intestino e redução de cinco tipos de microrganismos associados a funções cognitivas inferiores.

Essas mudanças no microbioma refletiram-se em um desempenho superior em testes de memória e aprendizado, como desafios de labirinto. Por exemplo, a bactéria Candidatus Saccharimonas foi associada a melhores resultados cognitivos, enquanto níveis elevados de Bifidobacterium estavam ligados a uma memória menos eficiente.

Os roedores que seguiram a dieta mediterrânea também demonstraram maior flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de se ajustar a novas informações, além de melhor memória de trabalho.

Implicações

Esse é o primeiro estudo a explorar os efeitos da dieta mediterrânea no microbioma intestinal e no desempenho cognitivo em comparação com a dieta ocidental em modelos animais. As dietas utilizadas refletiram a complexidade dos hábitos alimentares humanos.

“Esses achados sugerem que os benefícios da dieta mediterrânea poderiam ser aproveitados para melhorar o desempenho acadêmico em adolescentes e o rendimento no trabalho em jovens adultos”, afirmou Demetrius M. Maraganore, autor do estudo. Ele acrescentou que as conclusões, apesar de promissoras, ainda necessitam de validação em estudos realizados com humanos.
Os pesquisadores reforçam a necessidade de mais investigações para compreender a interação entre dieta, microbioma intestinal e função cerebral em diferentes faixas etárias, abrindo caminho para novas abordagens no cuidado com a saúde mental e cognitiva.