Quando o ano termina…
_
Feliz de quem, quando o ano termina, possui um doce e acolhedor abrigo, a companheira, o filho, a avó tão rara… ou mesmo o amigo com quem possa se reunir em Cristo, e sua vida interior desperte, viva dentro de si uma alma de São Francisco; o amor generoso, o heroísmo estranho de beijar um leproso.
E lembrar-se de que há, no mundo, criaturas de Deus, pelo Natal, sem a companheira e sem a avó tão rara, sem o beijo de mãe ou um beijo de filho, e até sem um livro que substitua o amigo.
Feliz de quem, quando o ano termina, pode ver a estrela no céu, e tem os olhos ainda para encontrar Jesus.
Ouvir a criança com atenção
Quantas vezes escutamos a pergunta, em tom de censura: “Isto são modos de falar com os mais velhos?” Mas nunca se levanta alguém para perguntar se “isso são modos de falar com as crianças?”.
Por exemplo, se você está lendo, assistindo TV e chega um colega, adulto, pedindo informação, certamente parará de ler, mesmo a contragosto, e falará cortesmente com a pessoa. Mas ai da criança que interrompe a leitura de seus pais, tios, primos, etc…
Geralmente leva pela cara uma “bronca” ou um mal-humorado “vá arranjar alguma coisa para brincar que eu agora estou ocupado”.
E, assim, em diversas situações do dia a dia, os adultos vão dizendo, quando não gritam, negativas e ordens aos “menores”. Parece que se julgam “proprietários” da criança. E, no entanto, seria tão fácil se a gente parasse e se perguntasse: “Eu gosto de ser tratado assim?”
Colocar-se no lugar do outro, principalmente no caso das crianças, é muito importante, fundamental até.