Ataque é a melhor defesa. Será?

 

É ilegal e não revela nada comprometedor. Essa é a principal alegação que a defesa do presidente Michel Temer usará hoje para se defender da gravação de uma conversa com Temer feita pelo empresário Joesley Batista em março deste ano.

O documento que tem cerca de 100 páginas, será entregue à tarde à Comissão de Constituição e Justiça.

advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou à TV Globo que lançará um desafio a Janot: que apresente algum indício de que Temer era beneficiário dos R$ 500 mil entregues em uma pizzaria de São Paulo ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial do presidente.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que a comissão pode concluir a apreciação da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Temer até o próximo dia 12. Se a data se confirmar, o plenário da Câmara poderá iniciar a discussão do processo no dia 13 e encerrar antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 18, como defendem os aliados do governo.

Enquanto isso, mudando de saco para mala, mas ainda falando em política, o senador Aécio Neves retornou ao Senado após 45 dias de afastamento por determinação judicial. Ele discursou ontem e voltou a se declarar inocente das acusações de que tenha recebido propina do dono da JBS, Joesley Batista.

O senador reiterou os argumentos que já tinha utilizado ao divulgar notas públicas, declarando ter sido vítima de uma armadilha de Batista com o intuito de obter vantagens em um acordo de delação premiada.

O discurso de ambos os líderes políticos é o mesmo: são inocentes, até que se prove o contrário.

Para quem espera ver Temer fora da presidência pode aguardar sentado como diz o ditado. Afinal, já estamos em meados de 2017 e até agora nada.

As acusações contra Aécio vão seguindo pelo mesmo caminho, já que ele foi afastado logo após a delação do dono da JBS e ainda teve o primo e a irmã presos.

No entanto, assim como os milhares de casos envolvendo políticos, essa é mais uma poeira que indo para debaixo do tapete. Uma hora alguém varre de lá para resolver ou esquecem de vez.

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