Desprezado pelo Ocidente por conta da guerra, Teatro Bolshoi busca apoio na China

“Estou profundamente convencido de que apenas a cultura e a arte podem realmente ajudar as nações a se entenderem,Mesmo no tipo de situação complicada e difícil que temos no mundo agora.” Disse o diretor do grupo Makhar Vaziek

Assim como o governo russo, o Teatro Bolshoi, sede de duas das maiores companhias de ópera e balé do mundo, está sendo rejeitado pelo Ocidente por causa da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

O diretor do Bolshoi, Vladimir Urin, anunciou em uma entrevista coletiva em Moscou, a programação de 2023 e 2024, e afirmou estar triste com a perda do que havia sido uma cooperação criativa regular com companhias e artistas de teatro ocidentais.

“Estou profundamente convencido de que apenas a cultura e a arte podem realmente ajudar as nações a se entenderem”, disse ele. “Mesmo no tipo de situação complicada e difícil que temos no mundo agora.”

O balé Bolshoi já está programado para ir à China em julho, e Urin afirmou que discussões detalhadas estão em andamento sobre o balé e a ópera em 2024.

Mas ele diz não ter nada a ver com questões financeiras e que as turnês no exterior geram uma receita significativa.

“É mais uma questão de imagem, de partilhar as coisas que sabemos fazer… é uma questão de criatividade, mais do que tudo.”

Esta temporada ainda reserva a estreia da ópera Luisa Miller, de Verdi, com o tenor italiano Antonio Poli, de 37 anos, que não hesita em se apresentar na Rússia, mesmo que isso signifique voar pela Turquia por causa das sanções ocidentais.

“Muitos, muitos cantores italianos e internacionais vêm aqui”, disse ele. “Pela primeira vez, devo dizer que é realmente um lugar maravilhoso para ensaiar e cantar.”

O balé também viajará para a capital de Belarus, Minsk, em novembro, e para omã, em janeiro.