Segundo Ministério da Defesa há brasileiros entre os reféns do Hamas

A agência da ONU para refugiados palestinos relatou que nove de seus funcionários foram mortos nos ataques aéreos


O Ministério da Defesa de Israel informou hoje que cidadãos brasileiros estão entre as vítimas mantidas como reféns pelo Hamas em Gaza. Segundo as autoridades israelenses, cerca de 150 pessoas foram sequestradas durante a incursão do Hamas no último sábado, incluindo idosos, crianças e mulheres, entre elas a DJ Shani Louk, que participava do festival de música Universo Paralello.

Karla Stelzer Mendes, uma brasileira presente no festival, está entre os desaparecidos, mas ainda não há confirmação de que ela seja mantida refém pelo Hamas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou em coletiva de imprensa que não conseguiu confirmar a localização de Karla nem se há brasileiros detidos pelo Hamas.

Dois outros brasileiros desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, foram encontrados mortos em Israel. A presença de reféns em Gaza tem complicado os esforços de Israel para retaliar os ataques do Hamas. De acordo com a agência de notícias Reuters, Israel está considerando uma possível ofensiva terrestre no enclave, enquanto o grupo militante ameaça executar um refém para cada casa atingida por Israel.

Até a manhã de hoje, o conflito já resultou na morte de 2.300 pessoas, de acordo com ambas as partes envolvidas. Após a ofensiva do Hamas, Israel respondeu com bombardeios em Gaza, uma estreita faixa de terra entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo, que sofreu ataques e um bloqueio severo. Israel bloqueou a entrada de alimentos, água, combustível e medicamentos na Faixa de Gaza.

Nesta quarta-feira, o Hamas anunciou que a única usina de energia da região não está mais operacional. As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter realizado novos bombardeios em Gaza, visando alvos ligados ao grupo terrorista. No entanto, autoridades locais alegam que diversos alvos civis também foram atingidos, com mais de 400 ataques nas últimas 24 horas, incluindo pelo menos 200 apenas hoje.

A agência da ONU para refugiados palestinos relatou que nove de seus funcionários foram mortos nos ataques aéreos. Juliette Touma, diretora de comunicações, informou que os ataques atingiram os funcionários da ONU em suas casas. Outro ataque israelense, segundo autoridades do Hamas, atingiu a casa da família de Mohammad Deif, um dos dois líderes militares do grupo terrorista, matando seu pai, irmão e outros dois parentes. O paradeiro de Deif continua desconhecido.