Secretários buscam metodologia única em sustentabilidade da produção na reunião do Cosud

“Queremos encontrar soluções em conjunto e não ficar cada estado inventando uma metodologia”, disse o secretário paranaense, Norberto Ortigara

Os secretários de Agricultura ou representantes da pasta dos sete estados que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) buscam, durante o 9º encontro, que aconteceu em São Paulo, soluções conjuntas para reforçar a rastreabilidade dos produtos agropecuários e melhorar a comunicação interna e externa da sustentabilidade da produção. A reunião começou na quinta-feira (19) e terminou no sábado (21).

Atenção ao setor

“Queremos encontrar soluções em conjunto e não ficar cada estado inventando uma metodologia, uma forma de trabalhar”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara. “A discussão envolve temas muito relevantes para a demonstração da capacidade de sustentabilidade da nossa agricultura, de longe o principal negócio de nosso Estado”, afirmou ele.

O Grupo de Trabalho de Agricultura e Pecuária, reunido no Museu da Língua Portuguesa, debate também ações que envolvem a modernização da assistência ao produtor rural, a conectividade no meio rural, o avanço na questão da inspeção sanitária de produtos e regularização de agroindústrias e a certificação dos processos agropecuários como um todo.

Participam, além de Ortigara, os secretários de São Paulo, Guilherme Piai; do Espírito Santo, Enio Bergoli da Costa; de Minas Gerais, Thales Fernandes; do Rio de Janeiro, Flávio Campos; do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes; do representante da Secretaria de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Jader Nones; do presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins; e dezenas de coordenadores de áreas e assessores.

Certificação

O Parlamento Europeu definiu que a partir de dezembro de 2024 os exportadores de alguns alimentos a serem vendidos na União Europeia deverão comprovar que não foram produzidos em áreas com desmatamento. As empresas importadoras também precisarão garantir que no ato de produção foram respeitados os direitos humanos e os dos povos indígenas.

“Estamos evoluindo na busca de plataformas atuais e futuras para que possamos fazer com muita confiabilidade os processos de rastreabilidade e certificação”, salientou Ortigara. “São ferramentas que ajudam, além de produzir uma agricultura que se sustente, comunicar bem aos consumidores daqui e do mundo que nós fazemos de forma correta, que temos metodologia, que nossa agricultura é capaz de produzir preservando”.

De acordo com o secretário paranaense, as experiências apresentadas pelos outros estados mostram uma sintonia com os principais eixos que conduzem as políticas públicas no setor agropecuário do Estado: segurança alimentar, segurança da informação, segurança energética e conectividade, segurança hídrica e sustentabilidade, segurança produtiva e tecnológica e segurança sanitária.