Temporal histórico mata ao menos 37, deixa ilhados e desaparecidos no RS
A Defesa Civil identificou que a maioria das bacias hidrográficas do estado corre o risco de ter suas águas ultrapassando a cota de inundação
O número de vítimas fatais dos temporais que assolam o Rio Grande do Sul aumentou para 37, conforme anunciado pela Defesa Civil nesta sexta-feira (3) no início da tarde. Atualmente, há 74 pessoas desaparecidas. Diferentemente de 2023, quando as chuvas foram localizadas em algumas regiões, como o Vale do Taquari, desta vez o impacto se estende por todo o território gaúcho.
Calamidade
O governo declarou estado de calamidade, uma medida que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado está habilitado a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, incluindo assistência humanitária, reconstrução de infraestrutura e restauração de serviços essenciais.
“Estamos enfrentando dias difíceis. Instamos as pessoas a deixarem suas casas. Nosso objetivo principal é salvar vidas. Bens materiais podem ser perdidos, mas a prioridade absoluta é resgatar as pessoas. Quanto ao restante, encontraremos soluções posteriormente”, afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB), descrevendo os temporais como “o maior desastre do estado” e comparando a situação do Rio Grande do Sul a uma “situação de guerra”.
A Defesa Civil identificou que a maioria das bacias hidrográficas do estado corre o risco de ter suas águas ultrapassando a cota de inundação. Além dos 37 mortos e 74 desaparecidos, outras 74 pessoas ficaram feridas. O órgão contabiliza aproximadamente 31.547 desabrigados, dos quais 7.949 estão em abrigos e 23.598 foram desalojados (buscaram abrigo na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado reportaram algum tipo de problema, impactando 351.639 pessoas.