Projeto dos alunos do CEANC recolheu mais de 300 quilos de lixo eletrônico

Organizado pelo 3º ano A em parceria com a Engie e prefeitura, a iniciativa ‘Lixo no Lixo’ teve tanto sucesso que será ampliada e contará com arrastões periódicos de conscientização

O Colégio Estadual Álvaro Natel de Camargo, localizado em Espigão Alto do Iguaçu e pertencente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Laranjeiras do Sul, está em destaque na Cantuquiriguaçu por conta dos projetos nas áreas socioambientais, culturais, esportivas e pedagógicas. Em 2024, o projeto de maior visibilidade foi o ‘Lixo no Lixo, Espigão no Capricho’, que envolveu a comunidade em uma ampla conscientização sobre a reciclagem e o manejo de resíduos sólidos e orgânicos.

Em parceria com a Engie Brasil, a prefeitura, a secretaria do Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária, o projeto teve como foco principal orientar a população sobre a separação adequada do lixo, incentivando a reciclagem e promovendo a reutilização de materiais. Sob a coordenação de Norma Zalevski e Lediane Eleandra Negoceki Andreiv, o projeto envolve diretamente alunos da 3ª Série A do Ensino Médio, com o apoio do diretor Emerson Clodoaldo Rodrigues.

Resultados

Na última semana, a comunidade escolar teve a oportunidade de conferir os resultados da iniciativa, que incluiu a distribuição de panfletos, palestras e campanhas de conscientização. “Conseguimos alcançar todos os objetivos propostos”, afirmou a coordenadora Norma Zaleski.
Segundo ela, o projeto coletou mais de 300 quilos de lixo eletrônico, e um ponto de descarte de lâmpadas foi criado no município, algo inédito até então. Além disso, Norma comemorou o fato de que praticamente 100% da população foi conscientizada sobre a importância de um descarte adequado dos resíduos.

Ampliação

De acordo com Lediane, o impacto da ação vai além do ambiente escolar. O projeto será ampliado, com arrastões periódicos e uma divulgação constante nos meios de comunicação locais, garantindo que a iniciativa continue gerando resultados positivos. “A parceria com a secretaria do Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária será crucial para a manutenção e o sucesso contínuo do projeto”, afirmou.

Os dados reforçam a urgência de ações como essa. De acordo com a engenheira sanitarista e doutora em Engenharia Ambiental, Elivete Carmen Clemente Prim, do Instituto Federal de Santa Catarina, o Brasil produz cerca de 66,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano. Esse volume, equivalente a mais de um quilo de lixo por habitante diariamente, inclui materiais recicláveis secos, resíduos orgânicos e rejeitos, que não podem ser reciclados ou reutilizados.