Peça “Risomeu e Jubileta” mistura humor e romantismo no Cine Teatro Iguassu

Dirigida e escrita por Geovana Bortoluzzi, a peça é uma adaptação cômica do clássico Romeu e Julieta, unindo diferentes expressões e uma mistura de teatro e dança, com clima leve e humorado

Laranjeiras do Sul recebe no dia 8 de novembro a estreia da peça “Risomeu e Jubileta”, uma comédia um pouco romântica”, do grupo de teatro VivArte. O espetáculo será apresentado no Cine Teatro Iguassu às 19h30, e promete encantar o público com uma mistura de teatro e dança, tudo em clima leve e humorado. Dirigida e escrita por Geovana Bortoluzzi, a peça é uma adaptação cômica do clássico Romeu e Julieta, de William Shakespeare, unindo diferentes expressões artísticas para uma noite especial. “A intenção foi trazer um espetáculo que tivesse humor, sem perder a essência do clássico. Queremos que o público se divirta e se conecte com a história, mas de uma forma mais leve e acessível”, afirma Geovana.

Um clássico reimaginado com humor e criatividade

Inspirada na peça Romeu e Julieta de 1597, “Risomeu e Jubileta” leva ao palco a história de amor proibido entre dois jovens, mas dessa vez com uma abordagem cômica e descontraída. Geovana explica que a escolha de transformar o drama de Shakespeare em uma comédia foi motivada pelo desejo de proporcionar uma experiência diferente ao público. “Os alunos ficaram muito envolvidos com a arte do palhaço em um projeto anterior. A partir dessa paixão, surgiu a ideia de criar algo que envolvesse essa linguagem cômica, com uma pitada de romantismo. A peça explora o humor de forma inteligente e acessível para todos os públicos”.

O espetáculo conta com um elenco de 13 atores, além de dançarinos, que somam mais de 20 artistas no palco. Embora os personagens Risomeu e Jubileta sejam o foco central, Geovana faz questão de destacar a importância do elenco completo para a trama. “Cada personagem tem seu valor na narrativa. Temos desde bobos da corte até um Mago que enriquece o enredo. Não é uma história focada em um ou dois personagens, é uma grande comédia coletiva”, disse.

Um projeto que nasceu do amor pela arte

O grupo VivArte nasceu após o fim do projeto “Nariz que faz rir”, idealizado por Geovana e financiado pela Lei Paulo Gustavo. “Esse projeto me trouxe uma nova visão sobre o teatro e sobre o poder do humor. Meus alunos se encantaram com a arte do palhaço, e foi daí que surgiu a vontade de criar algo maior, algo que pudesse continuar com esse espírito leve e divertido”, relata.

Ela explica que, apesar de a peça ter um forte componente cômico, o trabalho foi desenvolvido com muita seriedade e dedicação, especialmente por parte dos alunos. “Os ensaios têm sido intensos, e é emocionante ver o comprometimento de todos. Estamos ensaiando à noite no Colégio Estadual Gildo Aluísio Schuck, que nos oferece esse espaço de apoio ao teatro há muitos anos”, disse a diretora. “A inclusão é um dos pontos fortes do projeto, já que a maioria dos participantes trabalha e estuda. Ensaiar à noite é a forma que encontramos para que todos possam participar”.

Cenário e figurino

Um dos maiores desafios para a produção da peça foi a questão financeira, já que o projeto é totalmente voluntário e conta com poucos recursos. No entanto, Geovana e os alunos se dedicaram para superar esses obstáculos. “Fomos bem rígidos em relação aos figurinos. Tentamos reproduzir ao máximo o que era usado na época em que a peça se passa, na Itália do século XVI. Mesmo com a limitação de recursos, cada aluno fez seu figurino, e eu ajudei costurando e adaptando peças doadas”, explica Geovana.

Ela também menciona a importância da colaboração de patrocinadores para a realização do espetáculo. “A Papelaria Criativa nos patrocinou com materiais que estão sendo usados na construção do cenário. Tudo está sendo feito com muito carinho, utilizando materiais recicláveis. Queremos que o público tenha uma experiência única e memorável.”

A maquiagem dos personagens também será inspirada na arte do palhaço, reforçando o caráter cômico da peça. As fotos para a divulgação, que já estão sendo utilizadas nos cartazes, foram patrocinadas pela MDO Produções, mais uma parceria importante para a realização do projeto.

Entrada solidária e público amplo

A entrada para assistir ao espetáculo será solidária, o público poderá trocar ingressos por doações de alimentos, produtos de limpeza ou itens de higiene, que serão encaminhados ao SOS. “Queremos que todos tenham acesso à cultura, e essa foi uma forma que encontramos de unir a arte e a solidariedade”, salienta Geovana. “Pode ser um único item ou vários, como cada pessoa puder colaborar”.

A peça é livre para todos os públicos, sem restrição de faixa etária. Segundo a diretora, a inclusão de diferentes estilos artísticos, como a dança e o teatro, foi pensada justamente para atrair um público variado. “Laranjeiras  tem uma carência cultural na área teatral, e nosso objetivo é mudar isso. A ideia de unir o Black Heart, Leidi Lua e o CTG foi justamente para promover um espetáculo que tenha algo para todos”, completa.

Cultura

De acordo com a diretora a expectativa para a estreia é grande, tanto por parte do elenco quanto do público. “Os alunos estão muito animados. Ensaiar, criar figurinos, montar o cenário… tudo isso tem sido um aprendizado incrível para eles. E para o público, garanto que será uma noite inesquecível. Estamos fazendo o possível para que todos saiam do teatro com um sorriso no rosto”.

Para finalizar, Geovana agradece a participação dos Studios Black Heart, Leidi Lua, do CTG Estância do Iguaçu, além de fazer um agradecimento especial aos patrocinadores: “Papelaria Criativa, MDO produções, Sport Life Academia, RS produções, GDF contabilidade, Nois Memo produções e a fotógrafa e também artista que estará presente no dia Carolina Abreu”. Essa colaboração ampliou o alcance da peça e trouxe uma nova forma de integração cultural, garantindo que o espetáculo ofereça uma experiência ainda mais completa ao público.