Universidade paranaense está no top quatro melhores do Brasil
UEM é a única instituição estadual do Sul a figurar no ranking de excelência em biodiversidade
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está entre as quatro universidades estaduais que mais pesquisam biodiversidade no Brasil, de acordo com o ranking Top 30, publicado pela editora acadêmica holandesa Elsevier. Entre as universidades brasileiras presentes na lista, 22 são brasileiras, sendo 18 federais e quatro estaduais. A UEM é a única instituição estadual da região Sul a figurar no ranking, e aparece ao lado de três universidades paulistas: USP, Unesp e Unicamp. Na lista das brasileiras mais bem avaliadas, a UEM ocupa a 21ª posição, e a 28ª entre as instituições latino-americanas, que incluem também universidades da Argentina, Chile, Colômbia e México.
Conhecimento e relevância
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destacou a importância da conquista, ressaltando que o resultado reflete o empenho da comunidade acadêmica na produção de ciência de impacto global, especialmente em temas como a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável. “Este resultado nos incentiva a continuar investindo na pesquisa e na inovação”, afirmou Vanalli, mencionando a importância da vitória coletiva.Maurício Reinert do Nascimento, pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, explicou que o destaque da UEM no ranking é fruto do trabalho de grupos como o Nupelia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura) e as iniciativas em agroecologia. Segundo ele, o Brasil é uma referência global em biodiversidade, e os projetos desenvolvidos pela UEM contribuem para consolidar essa posição. “O Nupelia, por exemplo, é uma referência mundial, recebendo investimentos contínuos para expandir seu trabalho”, explicou.
Impacto da produção científica
Luiz Felipe Velho, vice-coordenador do Nupelia, destacou que a produção científica da UEM em biodiversidade, com projetos que já duram quatro décadas, foi essencial para o reconhecimento da instituição. O Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), que possui nota 7 pela Capes, é um dos principais responsáveis por esse destaque, com foco na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná.Susicley Jati, coordenadora do Nupelia, destacou projetos de longa duração, como o Projeto de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld), que existe há 23 anos, e o Monitoramento de Macrófitas Aquáticas, em parceria com a Itaipu Binacional, iniciado em 1995. Ela também mencionou estudos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) e projetos como Amazônia +10 e Biocar, que relacionam biodiversidade e produção de carbono.
Cenário mundial
O relatório da Elsevier revela que o Brasil é o quinto país que mais produz pesquisa sobre biodiversidade no mundo, atrás de Estados Unidos, China, Reino Unido e Alemanha. Na América Latina, o Brasil é responsável por 43,5% das pesquisas sobre o tema, liderando ao lado de México, Argentina e Colômbia. A região concentra esforços proporcionais três vezes maiores que a média global, destacando a importância da biodiversidade para a conservação do meio ambiente.