Janeiro chuvoso esse. Em Laranjeiras do Sul, por exemplo, foram poucos os dias “limpos”. Até ontem (27), por exemplo, já eram 12 dias seguidos de chuvas no município. E sabe aquele provérbio popular de que “tudo que é demais, é ruim”, pois na agricultura ele é válido. Dezembro foi marcado por um período de estiagem – preocupante para os produtores de grãos.
O excesso de umidade faz a alegria de fungos e bactérias, que encontram condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Nesse caso, qualquer fase do ciclo da lavoura pode ser afetada negativamente
Soja
Na soja, por exemplo, ainda não trata-se de situação caótica, mas as áreas plantadas já começam a registrar brotos nas sementes. De acordo com as informações da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), se a frequência de chuvas persistir, as perdas podem ser severas. Nos municípios que compõem a regional da Seab de Laranjeiras do Sul – Diamante do Sul, Espigão Alto do Iguaçu, Guaraniaçu, Laranjeiras, Marquinho, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu e Virmond -, a expectativa de colheita para a próxima safra é de 507,5 toneladas de soja.
Existe a necessidade real de que os próximos dias na região sejam de sol, para que os produtores possam desempenhar trabalhos de cultivo nas plantas.
Feijão
Como o Correio do Povo do Paraná já adiantou em edições passadas, a situação é ainda mais delicada para os produtores de feijão. Agora, a Seab já estima que 50% das 2989 toneladas estimadas para a colheita estejam perdidas. “Temos 50% das áreas para colher na lavoura e pelo jeito o pessoal nem vai conseguir colher. A produtividade já estava ruim, e agora a colheita está comprometida”, comenta o técnico Edson Gonçalves.
A chuva, necessária para o desenvolvimento das plantas, acelera o estágio reprodutivo, mas em excesso danifica o solo, escoa o plantio e interfere na colheita. Um ponto importante é a perda de qualidade dos grãos, que pode impedir a valorização do produto.