Ficar em casa por tanto tempo fez com que o brasileiro investisse nela. Reformas, mudanças na decoração ou mesmo um upgrade em eletrônico ou eletrodomésticos que estavam na lista de desejos, mas nunca encontravam espaço no orçamento doméstico, tornaram-se urgentes e concentraram boa parte da renda das famílias durante a pandemia do novo Coronavírus. Na pesquisa “Mercado moveleiro e o impacto do Coronavírus na demanda dos brasileiros”, realizada pela Inteligência de Mercado (IEMI) no mês de maio, essa tendência já se mostrava forte. Entre os entrevistados, 81% dos consumidores das classes A, B, C e D com mais de 25 anos relataram que pretendiam comprar móveis ou colchões nas semanas seguintes, independentemente da crise sanitária.
Segundo a GfK, empresa de pesquisa de mercado focada no setor de bens duráveis, a expectativa se confirmou. A Confederação Nacional do Comércio calculou que o setor de móveis e eletrodomésticos faturou mais em junho do que a média de janeiro e fevereiro. Ainda de acordo com a GfK, o brasileiro sentiu necessidade de ter um lar mais prático e, também, de se autopresentear com artigos de alto padrão.
Por Estadão Conteúdo