IDR e Sebrae iniciam pedido de Indicação Geográfica para o queijo colonial da região Centro do Paraná

A iniciativa, voltada para a região central do Paraná, é uma parceria com a Aproleq e busca valorizar o produto de grande relevância cultural e econômica

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), iniciaram o processo de pedido da Indicação Geográfica (IG) para o Queijo Colonial da região Centro do Paraná, em parceria com a Associação dos Produtores de Queijo e Derivados de Leite da Região Centro do Paraná (Aproleq). O movimento busca valorizar o produto, que possui grande relevância cultural e econômica, especialmente entre os produtores familiares.

Tradição

A tradição do Queijo Colonial está fortemente ligada à herança europeia, sendo uma prática repassada por gerações nas famílias de produtores de leite da região de Laranjeiras do Sul e Guarapuava. Com a crescente visibilidade desse produto artesanal em concursos nacionais e internacionais, houve uma iniciativa para estudar a Indicação Geográfica do queijo, com foco na microrregião entre Nova Laranjeiras e Guaraniaçu, a partir de agosto de 2023.

Desde então, instituições como o IDR-Paraná, SEBRAE e Cresol têm prestado assessoria aos produtores para a formalização do pedido de IG. Em 12 de setembro de 2024, foi realizado um marco importante, onde todas as informações necessárias para o processo foram apresentadas aos produtores e profissionais envolvidos.

Esforço conjunto

A economista doméstica e extensionista rural do IDR-Paraná em Laranjeiras do Sul, Daniela Ragazzon, destacou que a obtenção da IG exige esforços conjuntos entre o setor público, o privado, pesquisadores e técnicos. “É necessário reunir comprovações técnicas e culturais que evidenciem as características únicas do queijo Colonial, valorizando sua história e tradição regional”, afirmou Daniela.
Ela ainda ressaltou a importância de ampliar as parcerias para que essa iniciativa se concretize, com a participação de universidades, instituições e empresas ligadas à produção rural.

A economista acredita que o reconhecimento do Queijo Colonial trará benefícios não só para a preservação da cultura e da história do produto, mas também para o desenvolvimento da região Centro do Paraná, gerando oportunidades e melhorando a qualidade de vida dos produtores rurais.