Virmondense desenvolve tecnologia que facilita processo da silagem
Virmondense desenvolve tecnologia que facilita processo da silagem
Um estudante de Engenharia Elétrica, de Virmond, desenvolveu um aparelho que facilita a vida de quem trabalha com a silagem. Wesley Klak, de 24 anos, desenvolveu a vertente durante a conclusão da faculdade. “É um projeto de automação em uma máquina utilizada na agropecuária”, explica.
O engenho
A máquina onde pretende-se implantar o processo de automação é uma uma ensiladeira de forragem de pequeno porte. Ela é utilizada pelos agricultores para produzir silagem para o gado leiteiro e de corte.
“O processo de automação consiste em fazer com que a descarga dessa máquina seja realizada de forma autônoma. Para isso, utiliza-se uma visão computacional e técnicas de processamento de imagens. Como plataforma de testes, foi desenvolvido um protótipo da parte da máquina a ser automatizada, usando uma câmara para capturar imagens, um microcomputador para leitura e processamento das imagens, além do controle dos atuadores”.
Além disso, o projeto desenvolvido pelo virmondense usa motores que emulam os atuadores da máquina.
A tecnologia desenvolvida possibilita que os agricultores dispensem um operador para o tubo de descarga durante a preparação da silagem. “Os tratoristas geralmente ficam sobrecarregados por terem de guiar o trator e, ao mesmo tempo, cuidar da descarga da máquina, aumentando a probabilidade de perdas no processo. No caso de um operador, muitas vezes não há lugar específico e seguro para a realização da atividade”, argumenta o estudante.
Segundo Wesley, a atividade do operador está exposta a riscos, já que o profissional fica mal-acomodado durante a atividade, que é difícil e cansativa.
Além disso, a tecnologia desenvolvida possibilita programar a máquina para realizar os ajustes de posicionamento do tubo de descarga – de forma autônoma.
Com isso, o tratorista pode exercer somente a condução do veículo, enquanto o funcionário específico para o controle do tubo pode ser remanejado para trabalhar sozinho”.
Entretanto, o processo não interfere no tempo de preparo da silagem. “Neste caso a diferença é mínima, pois este projeto tem efeito somente na parte de descarga da máquina, o tempo de colheita é definido por outros fatores como velocidade do trator, densidade da forragem e especificações da máquina em si”.
Por enquanto, os testes com a tecnologia desenvolvida pelo virmondense foram realizados num protótipo e ainda não foram implantados numa máquina “real”. “Estamos realizando o levantamento dos ajustes e possíveis alterações necessárias para a implantação em máquina real, já que existe uma boa diferença entre um protótipo e uma máquina real, principalmente no que se trata de tamanho”.