Uma das consequências do crescimento acelerado da população de idosos em nosso país é que, enquanto os países europeus e o Japão tiveram muito tempo para elaborar políticas de atenção específica para seus cidadãos acima de 60 anos, nós temos pouco tempo para agir. Como diz o povo: temos que trocar os pneus com o carro andando.
No Brasil são consideradas pessoas idosas, segundo o marco legal estabelecido na Política Nacional do Idoso (1994) e no Estatuto do Idoso (2003), os indivíduos de 60 anos ou mais.
Esse marco legal abrange uma população que tem pela frente um intervalo vital maior do que 30 anos. Por exemplo, no último censo, o IBGE constatou que já temos quase 30.000 pessoas com mais de 100 anos no país, sendo 2/3 delas mulheres.
A população idosa constitui um grupo enorme e heterogêneo de brasileiros/as que primeiro se distingue do ponto de vista subjetivo: cada um envelhece a seu modo. Mas, socialmente a diversidade também é muito grande: viver nas cidades ou nas regiões rurais, pertencer à determinada classe social, ser do gênero feminino ou masculino, possuir ou não um bom nível educacional, ser autônomo ou depender de outras pessoas financeiramente, por problemas de saúde ou por outras deficiências são algumas das mais importantes diferenças.
Mudanças impressionantes na demografia brasileira e mundial Segundo o Censo de 2010, a população de pessoas idosas é a que mais cresce no Brasil, configurando um fenômeno novo e desafiador para a sociedade, para as famílias e para os governos. A fim de termos uma ideia da dimensão das mudanças que estamos vivendo, no início do século XX, a esperança de vida do brasileiro não passava dos 33.5 anos, chegando aos 50 na metade desse mesmo século. Em 2011, o nível de idade chegou há 74,08 anos sendo que as mulheres estão vivendo sete anos a mais do que os homens.
O Brasil acelerou tanto as mudanças demográficas que a população idosa alcançou, em 2011, 23,5 milhões, o que estava previsto para ser alcançado apenas em 2020. Desta forma, as elevadas proporções de pessoas idosas em relação à população geral foram atingidas em cerca de 50 anos, situação que os países europeus demoraram 140 anos para alcançar.
O número de pessoas acima de 60 anos hoje no Brasil supera a população de velhos/as de vários países europeus, entre os quais, a França, a Inglaterra, a Itália e a Espanha.
Em resumo: neste momento histórico nacional, o país tem dois bônus sócio demográficos importantíssimos: a maior população de jovens e adultos que já existiu, riqueza que a maioria dos países desenvolvidos utilizou para se desenvolver social, cultural e economicamente e para se capacitar cada vez melhor em ciência, tecnologia e inovação; e a maior população de idosos da história, que por si só, ressalta todos os avanços conseguidos pelo Brasil na melhoria das condições de vida, saúde e trabalho, o que tende a continuar e a se acelerar, segundo projeções do IBGE.
O Brasil dessa forma tem todas as chances para se tornar o maior e mais evoluído país do mundo. Depende de nossas escolhas nas eleições que se aproximam. Muita consciência e responsabilidade na hora de sufragar seu SAGRADO VOTO!