Evento ‘Democracia Inabalada’ reafirma divisão da política brasileira
Enquanto líderes dos três poderes relembram o dia fatídico, opositores criticam evento e acusam presidente de oportunismo
Um ano após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apoiadores de seu governo participaram de um evento no Congresso Nacional para reafirmar a defesa da democracia. O evento, chamado ‘Democracia Inabalada’, também contou com a presença de governadores, prefeitos e outros políticos, além dos três comandantes das Forças Armadas.
Presentes e ausentes
A lista de governadores presentes no evento foi a seguinte:
Clécio Luís (Solidariedade) – Amapá
Celina Leão (PP) – Distrito Federal
Jerônimo Rodrigues (PT) – Bahia
Elmano de Freitas (PT) – Ceará
Renato Casagrande (PSB) – Espírito Santo
Os governadores ausentes foram:
Romeu Zema (Novo) – Minas Gerais
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – São Paulo
Cláudio Castro (PL) – Rio de Janeiro
Antonio Denarium (PP) – Roraima
Gladson Cameli (PP) – Acre
Paulo Dantas (MDB) – Alagoas
Ronaldo Caiado (União Brasil) – Goiás
Mauro Mendes (União Brasil) – Mato Grosso
Eduardo Riedel (PSDB) – Mato Grosso do Sul
Ratinho Júnior (PSD) – Paraná
Discursos
Em seu discurso, Lula afirmou que “não há perdão para quem atenta contra a democracia”. “Os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro devem ser punidos exemplarmente”, disse o presidente.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também fez um discurso contundente. “A democracia não é um favor, é um direito”, disse ela. “E nós vamos defender a democracia com todas as nossas forças.”
O ex-ministro José Dirceu, também presente no evento, disse que os atos de 8 de janeiro foram uma tentativa de golpe de Estado. “Foi um ataque à democracia, à Constituição e às instituições brasileiras”, disse ele.
A deputada federal Luciana Rafagnin (PT-PR) disse que o evento foi uma oportunidade de reafirmar o compromisso da esquerda com a democracia. “A democracia é o único caminho para o desenvolvimento e a justiça social”, disse ela.
Outro lado
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que o evento foi uma “festa da esquerda”. “Lula está comemorando a derrota da democracia”, disse ela.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o evento foi uma “desculpa para Lula atacar seus adversários”. “Lula está tentando criar um clima de instabilidade política”, disse ele.