Cartão de crédito: o futuro do crédito pessoal

Por Hamilton Ribas, CEO da Limite na Hora

Equilibrar as finanças não é uma tarefa fácil, ainda mais em tempos de crises. O cenário global está fragilizado. Foram dois anos de pandemia, o conflito entre Rússia e Ucrânia, e para os brasileiros, o ano eleitoral é sempre turbulento.

Diante disso, muitas pessoas acabam tendo que recorrer a empréstimos e alternativas de crédito para fechar a conta. Para não entrar em roubadas, o primeiro passo é conhecer as formas disponíveis no mercado – vou enumerar algumas: o tradicional empréstimo pessoal; o com garantia; consignado; cheque especial; cartão de crédito e tantas outras linhas de crédito.

Com a forte entrada das fintechs no mercado, os bancos deixaram de ser a única opção de angariar crédito, mas os cuidados ainda são os mesmos: segurança de onde irá se tomar o dinheiro, analisar taxa de juros, prazos, custos adicionais, burocracia e reputação da empresa contratada.

Prever o futuro do crédito pessoal é instigante. Em geral, quando estamos no sufoco recorremos ao empréstimo usando o limite do cartão de crédito. É uma forma prática, fácil, rápida e pouco burocrática e exigente para se ter acesso – em certos casos, em meia hora o dinheiro pode estar na conta, já optando por outras maneiras pode demandar dias ou semanas.

A agilidade e facilidade são questões bastante importantes ao contratar crédito. Quem precisa de dinheiro precisa dele o quanto antes. A burocracia se torna um entrave nesse momento. Felizmente, há empresas no mercado que conseguem a liberação dos valores em prazos de uma hora depois de assinar o contrato.

Cuidado é primordial. Se atente quando a oferta for ‘boa demais’, verifique o histórico da empresa, veja se ela não tem processos judiciais, se o CNPJ está ativo e com qual razão social, veja o que os clientes falam dela. Um exemplo é ver a reputação em sites confiáveis como a avaliação do Google e o selo de verificação do Reclame Aqui, que comprova ao consumidor a existência da companhia e seus canais de atendimento.

Outro fator é a taxa de juros. Em determinadas modalidades os juros chegam a 400% no cartão de crédito rotativo. Se o consumidor fizer a conta de quanto está solicitando e quanto vai pagar até a última prestação, esse valor pode ser até quatro vezes maior. Sendo assim, o cartão de crédito parece promissor. Como vantagem e para contratação basta ter limite disponível.

A falta de educação financeira é uma temática a ser considerada. Ter consciência nessa área é importante para que as pessoas usem de forma produtiva o dinheiro e não caiam no famoso efeito “bola de neve”. É preciso ter ciência do que está sendo solicitado na questão de crédito pessoal, saber quanto está solicitando, quanto vai pagar ao final e em quanto tempo irá quitar a dívida.

O futuro do crédito pessoal é promissor. As pessoas vão continuar precisando de dinheiro, mas devem fazer isso sabendo das contrapartidas e buscando as melhores formas, com condições mais favoráveis a elas.