Por Eloir José Sbalqueiro
Neste clima de quase fim de feira, devemos, com calma, clareza e bom senso, observar onde acertamos, e quais mudanças deveremos implementar
Iniciamos o mês que se caracteriza pela pressa. Consciente ou inconscientemente, dizemos a nós mesmos que nestes últimos 31 dias do ano precisamos realizar o que, independente dos motivos, não realizamos nos 11 meses anteriores. E, ao mesmo tempo, este mês gera em nós a satisfação das conquistas obtidas até agora, que, em contrapartida, colidem com metas não alcançadas e, provavelmente, inalcançáveis ainda em 2023.
Dezembro, por isso, é marcado por um corre-corre desenfreado para deixarmos, se possível, as coisas em ordem, como se tivéssemos a necessidade de arrumar a casa para receber uma visita ilustre. Aqui o ilustre é o novo ano. Deve-se adicionar ainda as obrigações de vencer a correria das compras de presentes, da participação em confraternizações de empresas, dos encontros com os amigos – sendo que havia o ano todo para estas manifestações de amizade – da organização da ceia de Natal que ‘será na casa de quem mesmo neste ano?’, e de definir onde e como passaremos o réveillon, sem contar, entre outras, as metas que devem ser cumpridas na vida profissional e acadêmica.
Ufa! Definitivamente, dezembro não é para os fracos. Há muita demanda, muita cobrança e pouco tempo para que tudo seja realizado de maneira tranquila e organizada.
Entra dezembro e sai dezembro, regra geral, o quadro deste mês permanece inalterado. E é fácil sentirmos que a atmosfera fica mais carregada com este clima do ‘preciso correr para terminar’, além do próprio trânsito que, historicamente, nesta época fica menos gentil.
Neste clima de quase fim de feira, devemos, com calma, clareza e bom-senso, observar onde acertamos, e quais são as mudanças de rota que deveremos implementar no próximo ano, para que os sonhos que sonhamos sejam efetivamente concretizados, sabendo que quando deixamos de sonhar, colocamos a vida em um ritmo de piloto automático, num estado morno, sem graça.
O fato de chegarmos até aqui, neste ano, demonstra claramente que somos fortes, que lutamos pelos nossos ideais e que continuaremos nesta jornada de maneira destemida, acreditando na vida e, em especial, acreditando em nós.
Somos reflexo direto dos nossos pensamentos e das crenças, infelizmente limitantes. Somos o que acreditamos ser.
Somos o nosso poder, da mesma forma que podemos ser a nossa fraqueza. Somos o resultado da fé que depositamos em nós. Somos, sem terceirizar responsabilidades, os responsáveis diretos por quem somos hoje.
E que neste infindável mundo do ser, que sejamos, ao menos gentil conosco e com o próximo neste mês, pois, indistintamente, estamos todos nesta mesma maratona de tentar organizar as coisas para a chegada do Papai Noel e do novo ano.
Que, apesar da correria desenfreada, o equilibro esteja presente em nossas atitudes nesta reta final de ano, sem esquecer que a educação e o sorriso ajudam, em muito, a superar os obstáculos deste trecho derradeiro da caminhada para 2024.
De desafio em desafio superado, nos tornamos mais fortes. E é por meio desta força interior que tornaremos este o melhor dezembro vivido até hoje.
Que neste mês das luzes, sejamos também luz para o mundo.
Feliz e iluminado dezembro para você!