Enfim uma queda, mas tão pequena que não se pode dizer que fez uma diferença. Conforme divulgado ontem pelo IBGE, a taxa de desocupação no país foi estimada em 13,6% no trimestre móvel encerrado em abril, ficando 1 ponto percentual acima da taxa do trimestre imediatamente anterior (novembro a janeiro), quando havia fechado em 12,6%.
Com a alta do último trimestre, a população desocupada em abril chegou a 14 milhões, um acréscimo de 8,7% em relação ao trimestre encerrado em janeiro. Assim, houve um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas no número de desempregados.
Taxa é medida mensalmente pelo IBGE por meio de média trimestral e índice caiu em abril em relação a março, na 1ª queda desde 2014, mas é maior do que o registrado em abril de 2016, de 11,2%.
Entre as 14 milhões de pessoas que perderam o emprego entre os trimestres encerrados em janeiro e em abril, 572 mil fazem parte do contingente com emprego formal, ou seja, com carteira de trabalho assinada.
No entanto, apesar da alta taxa de desemprego, a maior da história do país, os salários que estão sendo pagos aos trabalhadores tem se mantido estável, tanto em relação ao trimestre encerrado em janeiro quanto ao mesmo trimestre do ano passado.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, declarou que se observa uma desaceleração tanto do crescimento da desocupação quando da queda da população ocupada. Isso pode ser um sinal de que estamos diante de um processo de recuperação.
Porém, é preciso ter cautela para apontar melhoria no mercado de trabalho. Isso porque, apesar da desaceleração do crescimento, em abril o país tinha 1,1 milhão de pessoas desempregadas a mais que em janeiro e 2,6 milhões a mais que o registrado em abril do ano passado.