Em 2021, a imunização contra a doença foi de apenas 67,1%
O Ministério da Saúde está reforçando a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022. O objetivo é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a vacina da poliomielite na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade, além de reduzir o número de não vacinados de crianças e adolescentes menores de 15 anos.
A campanha visa melhorar as coberturas vacinais, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Além da vacina da poliomielite a população também pode acessar outras que estarão disponíveis no dia D, das 8 às 17 horas. As vacinas estarão disponíveis para o público-alvo e população em geral que quiser atualizar a caderneta.
Popularmente conhecida como paralisia infantil ou pólio, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, que pode gerar paralisias musculares, especialmente nas pernas. Atrofia da fala, paralisia dos músculos da deglutição, crescimento desigual das pernas, osteoporose, hipersensibilidade ao toque e dores nas articulações também estão entre as sequelas da pólio.
A preocupação das autoridades é devido a cobertura vacinal que tem deixado a desejar. Segundo os dados do próprio Ministério da Saúde, a taxa de imunizados contra a pólio caiu consideravelmente de 2015 para cá. Naquele ano, 98,2% do público-alvo recebeu as doses.
Em 2016, essa taxa caiu para 84,4% e se manteve nesse patamar até 2019. Em 2021, a imunização contra a doença foi de apenas 67,1%. A faixa de cobertura vacinal recomendada para a poliomielite, de acordo com a Fiocruz, é de 80%. Autoridades alertam, que devido à baixa taxa de vacinação, o Brasil é um dos oito países sul-americanos que apresentam alto risco de volta da poliomielite, segundo relatório divulgado pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) em 2021.
Todo cuidado é bom, há pouco tempo a pólio parecia uma doença do passado, mas o vírus foi encontrado nos esgotos de Londres, e casos de paralisia nos EUA, ligaram o alerta, principalmente pelos baixos índices de vacinação no Brasil. Cada um de nós pode ser o fiscal e ficar atento para que nossos filhos, netos, sobrinhos, enfim, a criança do vizinho, vá tomar a dose da vacina. Não podemos ser complacentes com a pólio.