‘Estar ansioso’ e ter ‘ansiedade’, qual a diferença?

Você tem crises de ansiedade com muita frequência? Considerada um dos grandes males do século 21, conforme a OMS, nos últimos 15 anos houve um aumento significante na frequência de transtornos relacionados a ansiedade no mundo todo, com o Brasil no topo do ranking!
Talvez você não saiba, mas nosso corpo passou por anos de evolução para chegar onde está. Para se adaptar, nossos ancestrais precisaram entrar em confronto com diversas coisas novas, o que ocasionou a necessidade de adaptação, dependendo da situação. Desde ficar cara a cara com um animal pronto para atacar ou como hoje em dia durante uma prova importante, seu corpo se adaptou ao longo de milhares de anos para responder a situações estressantes.
Quando você percebe uma situação como estressante ou perigosa sua reação para lutar ou fugir entra em ação, também conhecida como reação de luta ou fuga. Em uma rápida investida, hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, são liberados no sangue, provocando mudanças em todo o corpo. Você começa a respirar ofegantemente, sua frequência cardíaca fica frenética e seus músculos tensos. Seu corpo está se preparando para lutar ou fugir.
Hoje em dia não precisamos mais lutar contra predadores com a mesma frequência que há muitos anos. Muito menos fugir de algum animal feroz que está prestes a nos atacar. Contudo nosso corpo ainda possui essas defesas há muitos anos cultivadas e necessárias, que agora são acionadas por coisas fúteis como, por exemplo, na sala de espera de uma entrevista, ou quando você encontra alguém que tem interesse e seu corpo trava. É nesse momento que a ansiedade surge.
O transtorno é muitas vezes confundido entre ‘estar ansioso’ e ‘ter ansiedade’ que são duas coisas diferentes. Estar ansioso é algo normal, como por exemplo antes de uma apresentação você sentir aquele frio na barriga. Mas o limite entre os dois surge a partir do momento em que a ideia de se apresentar em público aciona uma crise de ansiedade, que vem atrelada de um aperto no coração, falta de ar e sensação de afogamento. A última é a preocupante, pois muitas vezes pode ser confundida com um princípio de infarto, já que possuem sintomas muito semelhantes. Na página 4 desta edição abordamos as diferenças entre uma crise de ansiedade e do princípio de infarto, vale a pena conferir para evitar a confusão entre as duas.