Hanseníase tem cura; mas tratamento precoce evita sequelas

A doença ainda infecta cerca de trinta mil brasileiros a cada ano

Falamos nesta edição da campanha Janeiro Roxo, trazendo informações sobre como diagnosticar e combater a hanseníase. Essa ainda é uma doença de grande importância epidemiológica no Brasil.
Antigamente chamada de ´lepra’, essa doença é milenar, citada na bíblia e no passado, uma sentença de morte e estigmatização. Muitos filmes retratam o sofrimento de pessoas acometidas por este mal. Eram degradadas e enviadas às colônias ou vale dos leprosos, onde acabavam por sucumbir.
Atualmente, a hanseníase ainda infecta cerca de trinta mil brasileiros a cada ano. É um mal estigmatizante, mas que apresenta tratamento eficaz e deixa de ser transmitida assim que ele é instituído.
Daí a importância de aprender a reconhecer e abordar corretamente os casos de hanseníase que podem aparecer num ambulatório de dermatologia, neurologia, clínica médica, ou em qualquer cenário de assistência à saúde.
Em Laranjeiras do Sul tivemos oito casos no ano de 2022. Destes, quatro fizeram tratamento e já estão curados. Os outros quatro seguem em tratamento, sendo que nenhum caso novo surgiu.
Na opinião de especialistas da Saúde, Laranjeiras é um município que notifica bastante, isso se deve a busca ativa junto à população. A campanha Janeiro Roxo é importante para que várias cidades da região fiquem atentas para os casos “silenciosos”, isto é, pessoas que tem a doença, mas não sabem ou não procuram ajuda, e assim continuam transmitindo já que estes pacientes não foram captados pelo sistema de saúde.
A campanha é importante também para atenuar o preconceito que as pessoas que sofrem da doença passam. A melhor arma é o conhecimento. Saber que a doença não é transmitida tão facilmente (precisa de convívio diário), que para de ser transmitida assim que o paciente inicia o tratamento e que é totalmente curável, serve para tranquilizar a população.