2019 está sendo um ano realmente difícil. Estamos apenas na metade do mês de março e o Brasil já teve diversas tragédias.
O rompimento da barragem em Brumadinho, o incêndio no alojamento do Flamengo, a morte do jornalista Boechat. Agora, o massacre em Suzano. Além dessas que acabaram ganhando destaque nacional, muitas outras acabaram acontecendo.
O ano começou mesmo com tudo e pra quem diz que ele só começa depois do Carnaval, a invasão e morte na escola foi a primeira grande tragédia do ano.
Tudo isso está parecendo mais uma versão moderna das 10 pragas do Egito, mas sem a parte da punição divina. Porque há algo em comum a todos esses eventos. Eles não foram infligidos pela ação de forças naturais ou sobrenaturais. Foram causados, ao que tudo indica, por pessoas e instituições que não fizeram o que deveriam ter feito. Faltaram medidas elementares de prevenção.
As falhas, omissões ou atitudes criminosas que levaram aos desastres produzem ainda mais revolta e desalento porque, em geral, não admitem desculpas. Ninguém pode dizer que aconteceu o imponderável e que não houve avisos. Em quase todos os casos tinham um ar de repeteco.
Uma forma de começar a mudar essa cultura seria dar nomes aos bois, sublinhar que há culpados. E apontar para o topo das companhias e não apontar a lei do desarmamento, se referindo especificamente ao massacre de Suzano, como muitos internautas mal-intencionados fizeram.