Mão de obra qualificada: por aonde anda?

Sempre que se fala em desemprego no Brasil, batemos numa incógnita. Ele existe mesmo? Ou é a mão de obra disponível que está desqualificada. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que as empresas têm dificuldade em encontrar mão de qualificada em todos os níveis, mas nos cargos de produção essa é barreira é maior ainda.

Segundo os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), o desemprego caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho de 2022, sendo o menor percentual registrado desde o final de 2015. Apesar da redução, a taxa segue preocupante e corresponde a 9,87 milhões de pessoas desocupadas.

É aqui que voltamos ao ponto inicial, aonde estão esses desempregados, basta você entrar em qualquer grupo nos mais diversos setores da economia a reclamação é a mesma. Falta de mão de obra, e aqui já não estamos mais falando em mão de obra qualificada. Não é mais apenas um problema de campos especializados, mas um problema generalizado, falta de obra em todos os níveis.

Se você dúvida procure alguém para fazer um roçado, um auxiliar de pedreiro, ou seja, ela existe desde o mais qualificado até os operários não especializados. Embora existam vagas ociosas, a dificuldade de inserir trabalhadores sem formação especializada no mercado contribui para mantermos um índice elevado de desemprego.

Existe solução para um problema que vem se arrastando a anos? Existe uma máxima que diz que não são as respostas que movem o mundo. São as perguntas? Não que as respostas não tenham seu valor, quem vai fazer a pergunta de um milhão? O problema é que vivemos em uma era de mudanças, e elas ocorrem em uma velocidade exponencial, infelizmente é nesse senário que buscamos uma resposta que traga uma luz para a falta de mão obra, não só no Brasil, mas no mundo.

Por outro lado, não podemos chegar aqui largar as perguntas ao léo. Uma das soluções e isto está inserido no Mapa do Trabalho Industrial 2022/2025, aonde aponta que o setor industrial terá que qualificar sua mão de obra. Detalhe a demanda em quatro anos deve chegar à casa de 9,6 milhões de pessoas. É uma tarefa hercúlia, uma vez que deste 2 milhões serão para repor os inativos ou aposentados.

Não precisamos ir muito longe, a falta de mão de obra qualificada, há muito bate na porta dos empresários laranjeirenses, na verdade em toda a Cantuquiriguaçu. Muitas iniciativas esbarram no mesmo problema. A solução pode ser amarga, mas precisa começar imediatamente. A ausência de mão de obra qualificada é crítica, por levar muito tempo para ser resolvida. As melhorias no sistema educacional só terão impacto na oferta de profissionais no futuro. De imediato, as empresas precisarão arcar com os custos de treinamento do trabalhador.