Pesquisa feita com jovens que terminaram o ensino médio mostra que há uma desconexão entre o que é ensinado nas escolas e os conhecimentos e habilidades exigidas na vida adulta.
A análise dos resultados mostra que faltam aos jovens competências básicas em comunicação, raciocínio lógico e tecnologia. Também foi constatado que há dificuldades de interpretar o que leram, de se expressar oralmente e de construir argumentos consistentes. Além disso, os entrevistados sentem dificuldades para escrever textos do dia a dia, como um e-mail, e enfrentam problemas de concordância e ortografia.
No campo do raciocínio lógico, a pesquisa mostra que os jovens não dominam conteúdos básicos da matemática, têm dificuldades com estimativas de valores, com cálculos de descontos e reajustes e para ler planilhas e gráficos.
Fica a pergunta: de quem é a culpa? Será dos aprendizes ou dos professores?
Esse é um assunto que precisa ser levado a sério, e tanto o é, que o governo agora se deu conta, que precisa achar onde está a raiz do problema.
E anunciou que o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) deste ano terá novidades. Os testes de ciências da natureza e ciências humanas para estudantes do 9º ano e a avaliação da alfabetização do 2º ano do ensino fundamental serão feitos por amostragem.
É a primeira vez que os testes de ciências são aplicados para estudantes do 9° ano. Já a avaliação da alfabetização era aplicada de forma censitária até 2016, ou seja, para todos estudantes do 3° ano, no período de dois em dois anos, nos anos pares.
No entanto, em vez de aplicar para todos os estudantes, como era feito até então, o Ministério da Educação optou por realizar testes por amostragem.
Se não for esse o modelo ideal, ao menor deve revelar meios de melhorar o ensino público no País, que anda de mal a pior. Antes tarde do que nunca, como diz o velho ditado.