“Precisamos permitir que a arte penetre em nossos sentidos e sentimentos”
A arte quando desenvolvida com real afinco, promove mudanças. Primeiro nos nossos sentimentos, na nossa percepção da realidade, de como encaramos as coisas. Depois no nosso senso crítico, na capacidade que temos de romper com uma determinada barreira que nos prende sem sabermos.
Precisamos da arte e da cultura, assim como precisamos de sangue correndo em nossas veias. Tantos estilos, tantos temas, tantas variações e maneiras de dizer alguma coisa, literal ou diretamente, têm que trazer alguma coisa de útil para a nossa existência.
O mínimo que qualquer pessoa pode usufruir da arte ocorre quando vemos um filme, uma peça de teatro ou uma mostra de dança. Porque nesses momentos, estamos expostos a um acontecimento que nos é apresentado e que muitas vezes se conecta conosco de uma forma extremamente potente. Quando isso acontece, choramos, rimos, nos assustamos e nos admiramos.
Para além dessas reações, a arte é capaz de elevar tais sentimentos para o campo da transformação, quando procuramos por mais arte, quando sentimos aquele gosto inconfundível e queremos mais. E queremos ver mais, participar mais e até mesmo fazer arte.
Ser artista deve ser incrível, mesmo com as adversidades de quem detesta a arte e faz de tudo para contê-la, mantê-la em silêncio, ou para destruí-la. O artista é alguém capaz de mudar vidas. Todos podemos nos transformar de alguma forma consumindo arte. Alias, a palavra correta a ser usada aqui deve ser “vivendo” a arte. É muito mais que consumo, é muito mais que uma experiência passiva. Só precisamos permitir que a arte penetre em nossos sentidos e sentimentos, também buscando pela transformação, necessária à evolução de nossas almas e mentes.