Precisamos de MONs no interior do Estado

A última grande ação cultural que noticiamos foi a construção das Bibliotecas Cidadãs e isso ainda no governo Requião

O workshop ´Terzo Paradiso´ que acontece no Museu Oscar Niemeyer vai dialogar sobre sustentabilidade com o público infantil. Mais um projeto interessante na trajetória deste, que talvez seja o mais importante espaço cultural da atualidade no Paraná.
O Museu Oscar Niemeyer (MON), abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional, com mais de 14 mil obras nas áreas de artes visuais, arquitetura e design. É considerado o maior museu de arte da América Latina, com um espaço de cerca de 35 mil metros quadrados de área construída e mais de 17 mil metros quadrados de área para exposições.
Inaugurado em 22 de novembro de 2002, o projeto é de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro que leva seu nome. Com um total de 12 salas expositivas, a cada ano são realizadas mais de 20 mostras, que juntas recebem um público superior a 360 mil visitantes.
Com uma equipe multidisciplinar, que visa aproximar e aperfeiçoar a experiência dos visitantes com as artes visuais, o MON possui os setores Educativo, Planejamento Cultural, Acervo e Conservação, Documentação e Referência, Gestão Museológica, Comunicação, Design, Jurídico e Eventos, além da área administrativa.
O MON é considerado uma instituição de referência em artes visuais no Brasil e no mundo. Tornou-se rota das grandes exposições nacionais e internacionais, recebendo mostras importantes, como as pinturas de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Alfredo Andersen e Amedeo Modigliani; esculturas de Degas e do brasileiro Sergio Camargo; gravuras de Francisco Goya, Picasso e Escher; fotografias de Haruo Ohara, Sebastião Salgado, Roger Ballen, Brassaï e Frida Kahlo. É o lar ainda de renomados autores paranaenses como Poty Lazzarotto, Paulo Leminski e João Turin, entre muitos outros.
O MON é um farol de cultura e erudição a iluminar a cena curitibana. Infelizmente a o acesso a este capital cultural está limitado à capital e seu entorno. Os sucessivos governos que tivemos ainda não conseguiram democratizar o acesso cultural aos moradores do interior do Estado. A última grande ação cultural que noticiamos foi a construção das Bibliotecas Cidadãs e isso ainda no governo Requião. De lá para cá, apenas o desmantelamento da secretaria de Estado da Cultura e pouca ou nenhuma ação efetiva. Todavia, vamos manter a esperança acesa. Luciana Casagrande foi alçada ao status de secretária da Cultura. Que seja feliz em sua gestão e principalmente que olhe para o interior do Estado com a mesma atenção que dã ao MON.