O Brasil saiu de sua maior recessão econômica. É o que aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que divulgou ontem (15), que a atividade econômica cresceu 1,12% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2016 e que teve retração nos últimos dois anos.
Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 3,8%. No ano passado, 3,6%. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, houve crescimento do IBC-Br de 0,29%.
Na comparação entre março deste ano e o mesmo período de 2016, houve crescimento de 1,05%. Em 12 meses encerrados em março, o indicador ainda acumula retração de 2,78%.
Como a retração nos anos de 2015 e 2016 superou a dos anos 30, essa é a pior crise já registrada na economia brasileira. O IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dispõem de dados sobre o PIB desde 1901.
Essa foi a primeira queda do indicador neste ano e o maior recuo mensal desde agosto de 2016 – quando foi registrado um tombo de 0,66% no nível de atividade calculado pelo BC. Sem ajuste, houve uma alta de 9,28% no IBC-Br em março deste ano.
Na última semana, em cerimônia que marcou um ano da gestão do presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, antecipou que o Brasil já registrou crescimento econômico no primeiro trimestre deste ano. Porém acrescentou que o país ainda vive os efeitos da recessão.