A imortalidade é de todos os tempos. A ameba, por exemplo, sendo um dos organismos unicelulares mais simples, pode ser considerada imortal, porquanto, à medida que envelhece, graças ao fenômeno da mitose, dá lugar a duas outra, ricas de vida, e assim, sucessivamente. Jamais ocorre a morte do elemento inicial…
A imortalidade é, pois, a grande meta a ser atingida.
Cessasse a vida, quando se interrompesse o fenômeno biológico pela morte, e destituída de significado seria a existência humana, que surgiu em forma embrionária aproximadamente há dois bilhões de anos… Alcançando o clímax da inteligência, da consciência e das emoções superiores, se fosse diluída, retornando às energias primárias, não teria qualquer sentido ético-moral nem biológico ou racional.
Muitos, entre aqueles que assim pensam, que a vida se extingue com a morte, certamente rebelam-se contra os conceitos ultrapassados de algumas doutrinas religiosas em torno da Justiça Divina após a morte, com as exceções penais de natureza eterna e insensata…
Existe o mundo imaterial, causal, de onde procede o hálito da vida, que impregna a matéria orgânica e a impulsiona na sua fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio inteligente cada vez mais lúcido e rico de complexidades do conhecimento e do sentimento.
Desse modo, o sentido existencial é o de aprimoramento pessoal, com o consequente enriquecimento defluente da sabedoria que conduz à paz.
Ninguém se aniquila pela morte.
A melhor visão em torno da imortalidade é contemplar-se um cadáver do qual afastou-se o agente vitalizador, o Espírito que o acionava…
Desse modo, não morreram também aqueles que a desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos órgãos a caminho da decomposição.
Eles prosseguem na caminhada ascensional e mantém os vínculos sentimentais com aqueloutros que lhes eram afeiçoados, ou não, deles recordando-se e desejando intercabiá-los, a fim de afirmar que continuam vivendo conforme eram.
Se fizeres silêncio íntimo ao recordar-te deles, em sintonia com o pensamento de amor, eles poderão comunicar-se contigo, trazer-te notícias de como e de onde se encontram, consolanddo-te, ao tempo em que te prometem o reencontro ditoso, mais tarde, quando também soar o teu momento de retorno…
Acalma a ansiedade e continua amando-os, assim contribuindo para que permaneçam em paz e cresçam na direção de Deus sendo felizes.
Jesus retornou da sepultura vazia para manter o contato com os corações queridos, confirmando a grandeza da imortalidade a que se referira antes, demonstrando que o sentido existencial é o da aquisição dos tesouros do amor e da amizade, para a conquista da transcendência.
Do Livro: LIBERTAÇÃO DO SOFRIMENTO. Joanna de Ângelis (Espírito), psicografia de Divaldo Pereira Franco, Livraria Espírita Alvorada – Salvador-BA, 2008. p.123