Reencarnação de enfermos – Obsessão e mediunidade – Doutrina Espírita
Reencarnação de enfermos
Dos abismos expiatórios, volvem à reencarnaçao quantos se mostram inclinados à recuperação dos valores morais em si mesmos.
Transportados a novo berço, comumente entre aqueles que os induziram à queda, quando não se vêem objeto de amorosa ternura por parte de corações que por eles renunciam à imediata felicidade nas Esferas Superiores, são resguardados no recesso do lar.
Contudo, renascem no corpo carnal espiritualmente jungidos às linhas inferiores de que são advindos, assimilando-lhes facilmente, o influxo aviltante.
Reaparecem, desse modo, na arena física. Mas, via de regra, quando não se mostram retardados mentais, desde a infância, são perfeitamente classificáveis entre os psicopatas amorais, segundo o conceito da “moral insanity”, vulgarizado pelos ingleses, demonstrando manifesta perversidade, na qual se revelam constantemente brutalizados e agressivos, petulantes e pérfidos, indiferentes a qualquer noção da dignidade e da honra, continuamente dispostos a mergulhar na criminalidade e no vício.
Aqueles Espíritos relativamente corrigidos nas escolas de reabilitação da Espiritualidade desenvolvem-se, no ambiente humano, enquadráveis entre os psicopatas astênicos e abúlicos, fanáticos e hipertímicos, ou identificáveis como representante de várias doenças e delírios psíquicos, inclusive aberrações sexuais diversas.
Obsessão e mediunidade
Tais enfermos da alma, tantas vezes submetidos, sem resultado satisfatório, à insulina e à convulsoterapia, quando recomendados ao auxílio dos templos espíritas, poderão ser tidos como médiuns? Sem dúvida, são médiuns doentes, afinizados com os fulcros de sentimento desequilibrado de onde ressurgiram para o novo aprendizado entre os homens.
Por certa quota de tempo, são intérpretes de forças degradadas, às quais é preciso opor a intervenção moral necessária, do mesmo modo que se prescreve medicação aos enfermos.
Trazendo consigo as sequelas ocultas da internação na província purgatorial, de que volvem pela porta do berço terrestre, exteriorizam ondas mentais viciadas que lhes alentam as disfunções dos implementos físicos, ondas essas pelas quais recolhem os pensamentos das entidades inferiores a lhes constituírem a cobertura da retaguarda.
Apesar disso, devem ser acolhidos nos santuários do Espiritismo por medianeiros de planos que [e preciso transformar e ajudar, porquanto um Espírito renovado para o Bem – Lei do Criador para todas as criaturas – é peça importante para o reajustamento geral dessa ou daquela engrenagem conturbada na máquina da vida.
Doutrina Espírita
Forçoso é considerar que a atividade religiosa, digna e venerável, em qualquer setor da edificação humana, exprime socorro celeste aos desajustados morais de quantos se demoram na reencarnação, buscando a restauração precisa.
E, compreendendo-se que elevada percentagem das personalidades humanas traz, no imo do próprio ser, raízes e brechas de comunhão com o pretérito de sombra, através das quais são suscetíveis de sofrer os mais estranhos processos da obsessão oculta – a se reavivarem, constantes, nos diversos períodos etários que correspondem ao tempo de formação dos débitos cármicos que buscam equacionar no corpo terrestre -, é justo encarecer, assim, a oportunidade e a excelência do amparo moral da Doutrina Espírita, como sendo o recurso mais sólido na assistência às vítimas do desequilíbrio espiritual de qualquer matiz, por oferecer-lhes, no estudo nobre e no serviço santificante, o clima indispensável de transmutação e harmonização com que se recuperem, no domínio dos pensamentos mais íntimos, para assimilarem a influência benéfica dos agentes espirituais da necessária renovação.
Livro: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE. André Luiz (Espírito). Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Federação Espírita Brasileira. FEB. Rio de Janeiro – RJ. 24ª ed. 2004. Manoel Ataídes Pinheiro de Souza. CEAC – Guaraniaçu – PR. manoelataides@gmail.com