A AUTORIDADE CIVIL

Toda sociedade humana tem necessidade de uma autoridade que a dirija. Tal autoridade encontra seu fundamento na natureza humana. O seu papel consiste em assegurar o bem comum da sociedade. A presença da autoridade na sociedade é exigida pelo próprio Deus.

Todo homem se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. De modo que aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus. E os que se opõem atrairão sobre si a condenação. (Rm.13.1-2)

Então a Sagrada Escritura nos lembra, que na prática da vida humana, precisamos uns dos outros e por isso a necessidade de estabelecer uma ordem na comunidade. Por isso, a comunidade tem de ser governada pelas pessoas que receberam da comunidade o poder administrativo.

A autoridade só será exercida legitimamente, se procurar o bem comum da sociedade e usar   meios administrativos moralmente lícitos. Se acontecer, que os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar a consciência dos cidadãos. Neste caso, a própria autoridade deixa existir, degenerada em abuso do poder. Seja um comum esforço defender o estado de direito, isto é, que haja a soberania da lei e não a vontade arbitraria dos homens.

A autoridade não deve se comportar de maneira despótica, mas agir para bem comum com a responsabilidade lembrando que vai responder pela sua administração não só diante da sociedade, mas diante de Deus.

Subordinai-vos a toda autoridade humana por amor ao Senhor, quer ao rei, como soberano, quer aos governadores, que por ordem dele castigam os malfeitores e premiam os que fazem o bem. Pois a vontade de Deus é precisamente esta: que, fazendo o bem, caleis a ignorância dos insensatos. Conduzi-vos como pessoas livres, mas sem usar a liberdade como pretexto para o mal. Pelo contrário, sede servos de Deus. Honrai a todos: aos irmãos, amai; a Deus, tende temor; ao rei, honrai.  (1Pd.2.13-17)

São Paulo Apóstolo ordena não só obedecer a autoridade, mas até rezar por ela. Pois o principal objetivo da existência da autoridade é O BEM COMUM.

O bem comum exige a prudência de todo cidadão e da parte dos que exercem a autoridade ainda uma boa sabedoria. O BEM COMUM comporta três elementos essenciais:

1)Supõe em primeiro lugar o respeito pela pessoa humana. Que cada membro da comunidade respeitando a comunidade realize a sua vocação e assim seja feliz.

2)Em segundo lugar, o bem comum exige o bem-estar social, isto é, que cidadão possa levar uma vida verdadeiramente humana. Que não lhe falte alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação, cultura, direito de fundar um lar, etc.

3)No terceiro lugar o bem comum exige a paz, isto é, uma ordem justa, duradoura e segura na comunidade.

 Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas, pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possamos levar uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador. (1Tm.2.1-3)

Podemos concluir que a Sagrada Escritura assegura que os bons administradores receberão de  Deus os Céus. Amém.

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