Reeleição na Faep

A FAEP reelegeu, na última segunda-feira, 25, a diretoria que ficará à frente da entidade pelos próximos três anos: de 2021 a 2024. Presidida por Ágide Meneguette, a chapa tem como principal plataforma o fortalecimento do sistema sindical e, por conseguinte, dos sindicatos rurais, por meio de uma série de ações, programas e políticas. Uma das prioridades será o Programa de Sustentabilidade Sindical, lançado em 2018, após o fim de contribuição sindical obrigatória. No total de 138 sindicatos habilitados a votar, a chapa teve 125 votos a favor, dois contra, um em branco e 10 ausências. A eleição foi realizada durante Assembleia Geral realizada na sede da entidade, em Curitiba. Em razão da pandemia do novo coronavírus, pela primeira vez na história, o evento foi realizado de forma online.

Novas empresas

Apesar do impacto da pandemia na área econômica, a abertura de empresas se manteve em alta no Paraná em 2020. O Estado fechou o ano passado com um saldo de 159.398 novas empresas, um crescimento de 26,82% com relação a 2019. O saldo representa a diferença entre as constituições e as baixas dos empreendimentos no sistema da Junta Comercial do Paraná. No ano passado, 229.891 empresas foram constituídas e 70.493 foram extintas no Estado. O número absoluto de novos empreendimentos foi 17% superior ao ano anterior, quando houve a inclusão de 196.510 CNPJs no sistema da Junta Comercial. Ao mesmo tempo, menos empresas foram fechadas em comparação a 2019, ano que registrou 70.829 baixas.

Microempreendedores

Como é tendência em todos os meses, a maioria dos novos negócios registrados é de Microempreendedores Individuais, que responderam por 76,38% das constituições do ano passado, um total de 175.599 novos empreendedores. Também houve o registro de 35.975 empresas com natureza jurídica de sociedade limitada; 11.515 empresários, 5.838 Eirelis (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada); 514 sociedades anônimas fechadas; 249 cooperativas; 103 sociedades anônimas abertas; 77 consórcios e 21 de outros tipos jurídicos. O que mais foi aberto no ano passados foram os comércios de reparação de veículos automotores e motocicletas, com 60.600 novos estabelecimentos.

Exportações paranaenses

Segundo dados de dezembro divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações paranaenses somaram US$ 16,429 bilhões em 2020. A queda em relação a 2019 (US$ 16,454) foi de apenas 0,16%. Já as importações registraram queda de 15,4% no ano, num total de US$ 10,740 bilhões negociados. Assim, o saldo da balança comercial paranaense em 2020 somou US$ 5,7 bilhões, 51,3% maior do que o acumulado em 2019. Complexo soja foi o principal produto vendido, que representa 37% do total exportado pelo Paraná em 2020, cerca de US$ 6 bilhões. Crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Depois vêm as carnes, que somam US$ 2,1 bilhões e respondem por 13% da pauta, mas que registraram queda de 24% em relação ao total vendido em 2019.

Importações paranaenses

Por conta da instabilidade econômica gerada pela Covid 19, a compra de insumos, produtos e serviços de fora foi reduzida em 15,4% no Paraná em relação a 2019. Produtos químicos – adubos, fertilizantes e inseticidas utilizados na agroindústria – tiveram pequena queda de 4,5%, mas representam 35,2% da pauta de importações do estado. Depois, em valores mais expressivos, vêm produtos derivados do petróleo, com retração de 39%; produtos mecânicos (-5%); materiais elétricos e eletrônicos (-8%); e material de transportes (-56%).

Direito do Agronegócio

A Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) promove a primeira edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio, no dia 31 de março de 2021. O evento híbrido (presencial e online) será realizado no Espaço Cultural Brasil 21 e terá transmissão virtual pelo site oficial. Com o objetivo de debater os temas mais atuais e relevantes no contexto jurídico e de apoio à formação de políticas públicas na relação com os mercados agrícolas e sistemas agroindustriais, o Congresso terá uma programação abrangente, composta por quatro painéis: As Reformas e a Competitividade; Sustentabilidade e Segurança Alimentar; Participação do Investimento Estrangeiro; e Sistema de Financiamento Privado. Mais informações: congressodireitoagro.com.br

Bovinos no Mercosul

As exportações de carne bovina dos quatro países do Mercosul somariam 4,23 milhões de toneladas carcaças em 2021, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume é 116 mil toneladas superior ao de 2020 (+3%), determinado pelo aumento dos volumes previstos a serem exportados pelo Brasil (+5%), Uruguai (+8%) e Paraguai (+4%), que serão parcialmente compensados por uma queda de 7% na projeção de embarques da Argentina. Prevê-se também que as exportações da América do Norte aumentem, neste caso 101 mil toneladas (+5%), com aumentos nos três principais países. Já os da Oceania cairiam 102 mil toneladas (-5%), principalmente devido a uma queda acentuada nas exportações australianas de 7% para 1,36 milhão de toneladas. Esse dado é 378 mil toneladas menor (-21%) do que em 2019.

Gado para abate

Mato Grosso corre o risco de não ter gado suficiente para o abate a partir deste ano, comprometendo as operações do setor frigorífico que gera mais de 24 mil empregos no estado. De acordo com Paulo Bellincanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), as exportações de animais vivos para serem abatidos em outros estados e em outros países é o principal motivo por essa situação que traz prejuízos enormes para diversos segmentos. Bellincanta diz que situação semelhante foi vivenciada pelo setor em meados de 2015, quando vários frigoríficos mato-grossenses suspenderam as atividades temporariamente por falta de matéria-prima para o abate.

Venda de etanol

Nos primeiros quinze dias de 2021, a venda de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul somou 1,25 bilhão de litros. Desse valor, 1,21 bilhão de litros foram destinados ao mercado interno e 41,68 milhões de litros para exportação. Do total comercializado no mercado doméstico, 387,96 milhões de litros referem-se ao etanol anidro e 819,55 milhões de litros ao etanol hidratado. Neste último, o volume vendido registra queda de 5,77% quando comparado com a mesma quinzena de janeiro de 2020 (869,72 milhões de litros de hidratado). O volume total comercializado de hidratado no mercado interno desde o início da safra 2020/2021 até 16 de janeiro de 2021 retraiu 17,33%, atingindo 15,32 bilhões de litros versus 18,54 bilhões de litros registrados no mesmo período do ciclo anterior.

Brasileiros no exterior

Os gastos de brasileiros no exterior despencaram em 2020 devido às restrições a viagens internacionais implementadas pelos países para frear a pandemia do covid-19 e à disparada do dólar. No ano passado, as despesas de brasileiros lá fora somaram US$ 5,394 bilhões, informou o Banco Central na última quarta-feira, 27. É o menor valor para um ano fechado desde 2005, ou seja, em 15 anos, quando os gastos lá fora somaram US$ 4,719 bilhões. Na comparação com 2019, quando as despesas em outros países totalizaram US$ 17,593 bilhões, a queda foi de 69,3%.

Estrangeiros no Brasil

De acordo com dados do BC, os gastos de estrangeiros no Brasil também registraram forte queda no ano passado. As despesas de viajantes de outros países somaram US$ 3,044 bilhões em 2020, recuo de 49,2% frente ao patamar registrado em 2019 (US$ 5,995 bilhões). Foi o menor gasto de estrangeiros no Brasil, para um ano fechado, desde 2003 (US$ 2,478 bilhões), ou seja, em 17 anos, de acordo com números do Banco Central. Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano passado um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.

Fuga de dinheiro

Os investidores estrangeiros retiraram US$ 8,499 bilhões de aplicações financeiras no Brasil no ano de 2020, informou na última quarta-feira, 27, o Banco Central. O valor inclui ações, que registraram uma saída de US$ 7,232 bilhões no período, fundos de investimentos, que perderam US$ 1,309 bilhão, e títulos de renda fixa (entrada de US$ 41 milhões em 2020). Segundo o Banco Central, o resultado de 2020 representa aumento na retirada de recursos do país, que havia somado US$ 6,693 bilhões no ano anterior. De acordo com a instituição, a saída registrada no ano passado foi a maior desde 2018 (-US$ 9,5 bilhões).

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

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