Complicando a gestão rural

Hoje o assunto da coluna é gestão da empresa rural. Chique, não é? Diante dos desafios crescentes da economia, das novas tecnologias, das mudanças climáticas e outras, a propaganda diz que o produtor precisa gerenciar sua terra como se fosse uma empresa. E então surgem nomes técnicos como: resultado operacional, EBIDTA, saúde financeira, entre inúmeros outros. Nenhum problema em trazer esses nomes técnicos para o rural. A questão principal recai sobre o antigo dilema de estar consciente das nossas necessidades humanas infinitas. Temos mais desejos do que nossos ganhos podem satisfazer, e os mesmos se refletem quando gerenciamos a propriedade rural.
De um ponto de vista mais simplista, a gestão representa consciência. Observar o que entra e sai de dinheiro. O tal fluxo de caixa. Quais são as saídas de caixa presentes na propriedade? A compra de insumos e maquinários, o pagamento de colaboradores, as despesas com manutenção de infra-estrutura (cercas, estradas, barracões), são alguns exemplos. Do mesmo modo, é importante levantarmos quais são as entradas de caixa, sejam elas oriundas da venda de colheitas ou outras fontes de receita da propriedade. Hoje, através de inúmeros aplicativos, e até mesmo do próprio celular, já é possível registrar esses dados e compará-los. O resultado do fluxo de caixa da safra é positivo ou negativo? A partir desse levantamento inicial são gerados indicadores da saúde financeira da propriedade, sendo possível tomar decisões mais acertadas e traçar metas e objetivos a serem alcançados no curto, médio e longo prazos.