Integração lavoura pecuária floresta -ILPF
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De volta às origens florestais deste colunista, quando administrei uma propriedade rural cuja atividade principal era o cultivo da erva mate consorciada com pecuária e floresta, vamos falar um pouco sobre a integração lavoura pecuária e floresta, a ILPF, e quais os principais benefícios dessa prática para o ecossistema produtivo.
Como o próprio nome explica, na ILPF há a interação entre esses 3 sistemas produtivos, com a atividade agrícola e pecuária se alternando em sucessão ou em consórcio nas entre-linhas das árvores, as quais permanecem até o final do ciclo, podendo sofrer raleios (desbastes) ao longo do período. A recomendação geral é de se introduzir o gado, de corte ou de leite, a partir de 2 anos de estabelecimento da integração.
A introdução do componente florestal no sistema de integração pode trazer inúmeros benefícios. Para o solo, ao atuar como barreira protetora, diminui o escoamento e a erosão, promove maior ciclagem de nutrientes e acúmulo de matéria orgânica. Ainda, ao criar um micro clima com menor variação de temperatura, proporciona maior bem estar animal e estimula a ingestão de forragem. Além disso, pode funcionar como barreira natural para a dispersão de deriva de agroquímicos e disseminação de pragas e doenças.
Antes de implantar o sistema de integração e desfrutar de todos esses benefícios, a EMBRAPA Agrossilvipastoril, em publicação sobre o assunto, alerta o agricultor para a importância da escolha de espécies de plantas e animais e consórcios adequados ao clima e solo da região onde o mesmo será implantado. Do mesmo modo, é primordial que domine o correto manejo das espécies animais e vegetais escolhidas, e que haja mercado para a produção resultante.