O Estado sem limites
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No momento em que escrevo esta coluna a arrecadação da Receita Estadual chega a impressionantes R$ 150 bilhões, segundo o site Impostômetro. Mesmo assim, recentemente o Governo do Estado através do P.L. 498/22, propôs junto à Assembleia Legislativa a criação do Fundo de Desenvolvimento de Infraestrutura Logística do Estado do Paraná (FDI-PR), a ser custeado com a taxação de produtos da agricultura e pecuária paranaense. O setor se manifestou contrariamente e a iniciativa por hora não encontrou o apoio necessário para sua aprovação junto à Casa de Leis.
Independentemente da discussão entre o Superman e o Batman (vide esta coluna do dia 8/11), que provavelmente passariam debatendo quem deveríamos taxar, a herança ou o consumo, ao invés do caminho de reduzir despesas, deixo duas passagens extraídas do livro “O homem mais rico da Babilônia” de George Clasen para refletirmos:
“Cada um de vocês, e suas boas famílias, têm mais desejos do que seus ganhos podem satisfazer. Consequentemente, tudo quanto recebem é despendido para aplacar tais desejos à medida que eles surgem. E ainda assim restam muitos outros que não chegam a ser saciados. Na verdade, todos os homens têm mais desejos do que podem satisfazer. Acham que posso cumprir todos os meus sonhos porque sou rico? Trata-se de uma falsa ideia. Há limites para o meu tempo. Há limites para a minha energia. Há limites para a extensão de minhas viagens. Há limites para o que consumo à mesa de refeições. Há limites para os prazeres de minha vida.”
“Esta é, portanto, a segunda solução para a falta de dinheiro. Façam o orçamento de suas despesas de modo que possam ter dinheiro para pagar pelo que é necessário, pelos prazeres e para satisfazer seus mais valiosos desejos sem despender mais do que nove décimos de seus ganhos.”