Projeções do preço da soja
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Esta semana o Prosa ficou mais nostálgico e resolveu voltar ao passado para dar uma olhada nas previsões de preço da soja de 2.022. Como exemplo, uma análise da consultoria TF Agroeconômica do final de dezembro passado apontava que devido a uma série de fatores, como a reabertura do mercado chinês e consequente retorno desse mercado de exportação, seca nas lavouras argentinas e estoques mundiais mais baixos, o preço da soja poderia se manter nos já altos níveis de 2.022, ou alcançar patamares ainda mais altos em 2.023.
Voltando um pouco mais no tempo, para o mês de maio, as previsões do banco holandês Rabobank, baseadas em fatores como uma possível escassez de insumos que limitariam o aumento da área plantada, a produtividade e a oferta da oleaginosa, cravavam preços mais altos para a safra corrente se comparadas à safra passada, e também preços acima da média dos últimos 5 anos.
Diante das cotações atuais do soja, caindo para a casa dos R$140,00 /saca (cento e quarenta reais) nas últimas semanas, e muitas incertezas frente a um cenário baixista, os analistas aguardam ansiosamente o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos do dia 31 de março. Nele se terá uma prévia das intenções de plantio dos produtores norte-americanos, que pode dar mais indicativos da oferta mundial do grão. Há ainda grande expectativa relacionada à quebra de safra argentina, levando a China a concentrar suas compras no Brasil, o que pode ao menos segurar as cotações atuais.
De qualquer modo, diante do fato de que mesmo as melhores casas de análises não acertam sempre suas previsões, a recomendação aos produtores continua sendo de protegerem sempre uma parte do patrimônio, buscando garantir o pagamento dos custos da lavoura. Do mesmo modo que o seguro, as operações de “hedge” no mercado futuro ou os contratos de entrega de produto junto às cooperativas, seguem sendo as principais alternativas para buscar garantia de preço e receita na atividade agrícola.