O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA

“Amaria fazer isso, mas não tenho tempo nem dinheiro”.

“Queria começar o meu próprio negócio, mas não sou bom vendedor!”

“Sei que preciso começar a fazer exercícios, mas não tenho tempo!”

Essas são apenas algumas alegações que se ouve de amigos e amigas quando se é jovem ou de meia idade. Todos refletem o mesmo problema, a mesma corrente que mantém principalmente os adultos ancorados à sua plataforma, quando precisam decidir o que serão no futuro. A falta de recursos, como a falta de experiência, parece, para muitos, um obstáculo intransponível. Quando a falta de recursos surge entre você e seus sonhos, a resposta normal é dar a volta e continuar insistindo. O dinheiro sempre representa um recurso “limitado” para todos nós.

Para onde vai o tempo? O dia?

São duas declarações que representam o mais precioso recurso limitado que todos nós temos: tempo! Não importa o quão rico e poderoso alguém possa ser, o indivíduo ainda está limitado todos os dias às 24 horas do dia, sete dias por semana e 52 semanas por ano. O tempo é o mais limitado e precioso recurso que qualquer outro que você possua, não obstante é ao que você menos presta atenção e esbanja mais livremente. Quando esbanja seu dinheiro, mesmo que você perca cada centavo, tem potencial para recuperá-lo. Alguns dos homens mais ricos do mundo perderam suas fortunas da noite para o dia, e no entanto conseguiram recuperar tudo ao longo do tempo. Não esqueçamos, que ao lado de um grande homem, esta quase sempre uma grande mulher.

Se você falhar em usar seus talentos hoje, sempre pode começar a usá-los amanhã. Estão sempre à sua disposição. Mas quando você esbanja tempo, não pode jamais recuperá-lo, nem um único minuto não importa quanta riqueza você tenha, quão talentoso você seja, uma vez que o tempo tenha passado, foi-se para sempre. Pior ainda, seu tempo futuro foi igualmente limitado e fica mais limitado a cada dia que passa. Não obstante, o tempo, a mais limitada e valiosa mercadoria de todo o planeta, mais limitado e precioso que o ouro, é desperdiçado de forma que o tão abundante quanto a água da descarga.

Em agosto de 1994, meu pai foi diagnosticado com câncer terminal conta um consultor de empresas norte-americano. Os médicos achavam que ele tinha onze ou doze meses de vida no máximo. Durante esse tempo, de vez em quando conta ele, eu me afastava de minhas obrigações de negócios e tirava alguns dias para passar com ele. Ele vivia a cerca de mil quilômetros, e visitá-lo geralmente envolvia um monte de planejamento de antemão. Pouco mais de seis meses depois de ser diagnosticado com essa doença, começou a piorar mais rápido que o esperado. Contudo, eu continuava a agir como se fôssemos ter muito mais tempo depois. Levei-o ao hospital num fim de semana e, quando estava saindo, disse-lhe que voltaria em três semanas. Ele morreu duas semanas e meia depois. Como todo adulto que perde um dos pais, desde então desejei um milhão de vezes ter tido, pelo menos, uma hora a mais com meu pai. Trocaria, sem hesitar, cada centavo que tenho no banco por essa hora. Contudo, não posso tê-lo de volta nem por um minuto. Nenhum abraço, nenhum beijo, nenhum sorriso. Sinto tanto a falta dele que, às vezes, encontro-me doente e fisicamente dolorido por sua ausência. No entanto, enquanto estava vivo, poderia ter tido centenas dessas horas… só não percebi como o tempo estava passando depressa e irrevogavelmente. Sinto remorsos de não ter ficado com ele, até que partiu, meu querido pai.

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