O país foi vítima da fome em massa produzida pelo comunismo, e palco de massacres nazistas, antes de voltar à tutela russa. Sua luta é contra uma maldição histórica.
Em inglês, a Ucrânia faz parte das “bloodlards”, ou “terras de sangue”, uma definição do historiador americano Timothy Snyder. No meio da Europa elas se estendem do centro da Polônia até o veste da Rússia, e do Mar Báltico ao Mar Negro, atravessando a lituânia, a Estônia, a Letônia e os territórios ucranianos e bielorrussos.
As “bloodlands” têm esse nome porque assistiram à morte de 14 mihlões de pessoas entre 1933 e 1945 e equivalente a um quinto do total de baixos ocorridas durante a 2ª guerra mundial, hoje estimada em 60 milhões.
Se o número em si, já é assombroso ele adquire contorno ainda mais sinistros quando se verifica que, entre esses 14 milhões contabilizados pelos estudiosos, não havia sequer um soldado. Eram todos civis.
Crianças, adolescentes, velhos, mulheres e homens massacrados pela engenharia totalitária do nazismo e do comunismo. A mente doentia de Josef Stalin e Adolf Hitler desenhava a Ucrânia como um fazendão.
Dono de um solo fértil, ideal para o cultivo de trigo e outros grãos essenciais, o páis constituiria um latifúndio de 600.000 quilômetros quadrados (mais o menos o tamanho de Minas Gerais), destinado exclusivamente a fornecer alimento aos comunistas de um e aos nazistas do outro.
Para Stalin, os ecranianos deveriam ser russificados, fosse pela subistituição da sua língua e dos sesus costumes, fosse por meio da transposição de populações inteiras provenientes do lado de lá da frenteira oriental.
Para o austíaco Hitler, os ucrânianos deveriam ser sucessivamente escravizados, exterminados e substituídos por alemães. (Hitler não nasceu na Alemanha, e sim na Austria). Como nos totalitarismos, não importam as direções, a ordem dos fatores não altera o resultado, ambos semearam a barbárie absoluta.