Quedas do Iguaçu: comércio e serviços não essenciais fechados a partir de quinta-feira (9)

A prefeitura de Quedas do Iguaçu, através do comitê do Covid-19,  anunciou que seguirá o decreto do governo do estado do Paraná, que determina o fechamento do comércio e outros serviços não essenciais a partir de quinta-feira (9).
O anúncio foi feito em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (8), pelos secretários de Saúde e Idústria e Comércio, Edimir Kozak e Nicolas Dutra, respectivamente.

Fechamento 

Após receber advertências com recomendações administrativas por parte do Ministério Público do Paraná, a prefeitura de Quedas acatou o decreto do governo do Estado.

Entre os setores, além do comércio, que terão de interroper suas atividades presenciais estão as igrejas e demais instituições religiosas. 

 Veja todas áreas consideradas serviços e atividades essenciais pelo Estado e que não podem ser interrompidos:

– Captação, tratamento e distribuição de água;
– Assistência médica e hospitalar;
– Assistência veterinária;
– Produção, distribuição e comercialização de medicamentos para uso humano e veterinário e produtos odonto-médico-hospitalares, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares;
– Produção, distribuição e comercialização de alimentos para uso humano e animal, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares, ainda que localizados em rodovias;
– Agropecuárias;
– Funerárias;
– Transporte coletivo, inclusive serviços de táxi e transpôr

Empresários contestam decisão

Após a prefeitura acatar o decreto do governo do Estado, empresários quedenses fizeram críticas à decisão. Confira alguns comentários:


“Quero saber se as grandes empresas do Paraná também irão fechar”.


“O governo do Estado teve quatro meses para se preparar. Está provado que não funciona esse isolamento estúpido. Cada dia mais gente sem emprego, mais empresas falindo”.


“Meu Deus, alguns que vão fechar, talvez fecham em definitivo”.


“Revoltante para as empresas que têm que honrar com seus compromissos. Sempre sobra a conta para o empresário”.


“Acho que se cada um fizesse sua parte, se cuidando, não precisava fechar o comércio. Afinal, comércio não dissemina nada. Isto é revoltante, deixem o povo trabalhar sossegado”.


“Nós temos que fechar, mas os mercados ficam lotados de gente.  O certo seria todos fecharem, e não só uns.  O que vai mudar eu ficar fechado e outro aberto? Pega-se o vírus da mesma forma”.


“Estou com minha empresa parada a três meses. Funcionários do operacional parados, músicos parados, 90 dias sem entrar R$ 1 no caixa. A única coisa que eu podia fazer, era propaganda de carro de som pro sustento básico, e até isso proibiram semana passada. Acho que agora todos podem entender o que é ter que parar e ficar no zero. Mas os compromissos vêm, a conta chega, e aí? Se as empresas não girarem, nada gira, independente qual seja o setor”.


“São absurdas essas atitudes tomadas com o comércio, extremamente imaturas. Não estão pensando nem um pouco na preservação e manutenção do emprego. Se tudo continuar da forma que estão agindo, logo morrerá mais gente de fome do que por contaminação do vírus…Todos os comerciantes estão tomando as devidas precauções e cuidados necessários, e parece que o governo não está interessado nem um pouco em averiguar isso, e ver realmente onde está o maior foco de disseminação”.


“Amanhã vão decretar que temos que abandonar nossas casas e vamos ter que obedecer? Não ao fechamento”.