Chegando à Série Prata, Apucarana aposta no saudosismo para conquistar torcedores 

Dragão do Norte negocia com o técnico Reginaldo Silva, ex-Pitanga, para a segundona. Clube deve participar também da Série Ouro Feminina 

O Apucarana foi um dos seis clubes a conquistar, em 2020, o acesso à Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal. Fundada em 2019, a equipe foi a 24ª colocada na terceirona daquele ano, entre 31 integrantes. 
Wilton Santana, técnico desde a fundação, deixou o cargo em meio à pandemia. Marcos Rogério, o ‘Tubarão’, assumiu o elenco, que contou com pratas da casa e nomes rodados, como Custelinha. O time terminou o estadual em 5º, sendo eliminado pelo Medianeira, que tornar-se-ia o campeão. 

Apucarana caiu na Série Bronze nas prorrogações para o Medianeira, que tornar-se-ia campeão 
Foto: Assessoria

Categorias de base, projeto social e feminino

O município de Apucarana conta, além do clube homônimo, com outro time de futsal: a Lokomotiva. Este também iniciou sua trajetória nas quadras na Bronze de 2019. Os dois rivais chegaram à última rodada da 1ª fase daquele ano brigando pela última vaga de classificação, que ficou com o Apucarana. 
De acordo com o presidente do Dragão do Norte, Luis Fernando Milan, o sucesso não está restrito à equipe profissional. “Nosso projeto está dividido em três pilares. Eu diria que 30% do clube é representado pelo time profissional, outros 30% pelas categorias de base – que em 2020 ficou inativa, por conta da pandemia – e 40% do projeto social que desenvolvemos no município, principalmente nas regiões de periferia, ofertando o esporte para crianças e adolescentes”.

Clube mantém parceria com o batalhão local da Polícia Militar e desenvolve projeto social na periferia da cidade
Foto: Reprodução 

As cores da tradição 

Vermelho, preto e branco. Essas são as cores do Apucarana Futsal. Não trata-se de uma escolha meramente estética. Quem acompanhou o futebol do Paraná nas últimas décadas, deve recordar-se do Apucarana Atlético Clube ou do Roma Apucarana, que marcaram época nos gramados.  Eles usavam as mesmas cores agora adotadas pelo time de futsal. 
Essa é uma tentativa, através da tradição e do saudosismo, de conquistar o coração dos torcedores. “Estamos resgatando os bons tempos da cidade. Já estivemos na 1ª Divisão de futebol, já jogamos a Ouro de futsal pela última vez em 1997. Estamos buscando o amor, principalmente daqueles que acompanharam aquela época. O uniforme foi desenhado em traços modernos, mas lembrando a camisa tricolor”, explica o presidente. 

A diretoria investe também no futsal feminino. Nesta temporada, o clube foi representado na Série Ouro da categoria e deve disputar a próxima edição. 


Série Prata de 2021: negociações com técnicos e jogadores

Último trabalho de Reginaldo Silva, cotado no Apucarana, foi no Pitanga
Foto: Juliam Nazaré 

O cearense Reginaldo Silva, ex-Pitanga, negocia com o Dragão e pode ser o técnico na Série Prata. Além dele, a diretoria sonda os alas Papão (ex-São Miguel) e Sabará (ex-Pitanga). Delegado, que foi vice-campeão da Série Ouro pelo Umuarama, era outro pretendido, mas a negociação não avançou. 

No primeiro ano na segundona, o objetivo será terminar entre os oito primeiros colocados. 
Apesar do planejamento do novo ano já estar em andamento, o Luis Fernando Milan não esconde o receio de uma nova retaliação da pandemia para com a modalidade. “Temos medo de contratar e assumir compromissos com salários e o campeonato não iniciar”, diz.
De acordo com o dirigente, a Série Prata está projetada para começar na 1ª quinzena de abril. São 13 clubes até então classificados: Apaf, Apucarana, Bituruna, CAD, Fazenda, Itaipulândia, Mariópolis, Mangueirinha, Medianeira, Pinhão, Pitanga, São Lucas e São Miguel.

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