Liga Paraná recusa proposta de acordo da Federação
Sete dos 13 integrantes do certame votaram contra os árbitros da Assofutsal assumirem os jogos da competição alternativa
Os 13 clubes que disputam a Liga Futsal Paraná em 2020 reuniram-se na manhã desta quinta-feira (19) para votar se aceitam ou não a proposta feita pela Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS). Após serem multados e suspensos das competições da entidade pela disputa da competição alternativa, os times precisavam concordar que a arbitragem desta passe a ser da Assofutsal. Se aceito, a FPFS desconsideraria as punições e os integraria de volta nas respectivas divisões do estadual.
Votaram favoráveis ao acordo com a Federação: Campo Mourão, Chopinzinho, Dois Vizinhos, Foz Cataratas, Palmas e São Miguel.
Foram contrários: Cascavel, Marechal, Maringá, Marreco, Medianeira, Siqueira Campos e Toledo.
Em conversa exclusiva com o Correio, o presidente da Liga Paraná, Cristiano Bortolon, explicou o resultado da votação.“A Liga luta pela modalidade e não quer conflito com qualquer entidade. Mas não podemos deixar o nosso quadro de árbitros na mão, até porque, antes das competições começarem tivemos uma reunião entre os franqueados e foi unânime a escolha pelo nosso quadro de árbitro apitar. A Liga criou seu próprio quadro de árbitros onde está dia a dia elaborando treinamentos e escolas para melhorar nossa arbitragem”.
Cristiano disse ainda que a Liga Paraná está propensa a andar junto da Federação e que age pelo bem da modalidade. “Agora estamos aguardando a divulgação da tabela da Série Ouro, pois como o processo não está concluído e entramos com recurso no STJD, a Federação não tem o porque de segurar. Mas como sei que ela sempre está pensando na modalidade, tenho certeza que nos próximos dias isso será divulgado. As equipes possuem patrocinadores e torcedores esperando esses jogos finais”.
Na reportagem publicada na quarta-feira (18), com exclusividade pelo Correio do Povo do Paraná, a expectativa de parte dos clubes era de que o Maringá não tivesse participação na decisão, já que não é filiado à Federação. Apesar do elenco que disputa a competição ser o mesmo do Seleto Maringá – que deixou a Série Prata em razão da pandemia -, o CNPJ de ambos são diferentes.
O gestor do Campo Mourão, Anderson Hertz, revelou ao Correio que o clube deve seguir em busca de um acordo entre as entidades. “Queremos jogar as duas competições”. Ele considera ilegítimo o voto do Maringá.
Até a publicação da matéria, a FPFS não havia se pronunciado.
Séries Ouro, Prata e Bronze
A Série Ouro está paralisada desde o fim de outubro. Apenas quatro (Ampére, Pato, São José e Umuarama) dos 14 clubes que a integram não estão envoltos com suspensões. O campeonato, até então, teve a 1ª fase concluída e o chaveamento das quartas de final e do hexagonal do rebaixamento definido.
As partidas de ida da semifinal da Série Prata ainda não tem data divulgada. Neste caso, o entrave, além da participação na Liga por parte do São Miguel, é o Bituruna. O time foi punido com a perda de nove pontos pela escalação irregular do fixo Vagnão. A diretoria pediu ação suspensiva. Se aceita pelo Tribunal, o certame pode ficar paralisado até que o caso tenha definição na Justiça.
O Medianeira é o único da Liga a disputar a Série Bronze. O clube do Oeste venceu a partida de ida das quartas de final, em casa, contra o Medianeira, por 6×1 e joga por um empate na volta, que está marcada para sábado (21).