Pinhão: Judoca representa o Brasil em Campeonato Mundial na Polônia
“Durante a pandemia precisei achar maneiras para treinar, treinei com minha noiva e montávamos os tatames atrás da nossa casa”, conta Ronerson de Oliveira
Ontem (5), o atleta de judô Ronerson de Oliveira, de Pinhão, embarcou para a Polônia, onde vai representar o Brasil no Campeonato Mundial de Judô competindo na categoria -81 kg M3 veteranos, com 31 atletas.
História no judô
Ronerson relata sua trajetória no esporte. “Iniciei no judô no início de 1991, no ano seguinte em setembro já estava participando do meu primeiro campeonato paranaense, em Paranavaí”, conta.
Com isso, o atleta ganhou vaga para outro campeonato. “Representei o Paraná no Campeonato Brasileiro de judô, em Ipatinga, Minas Gerais”.
Segundo o atleta, até sua primeira competição internacional, ele participou de campeonatos nacionais.
“Em 1995 participei da minha primeira competição internacional em Miami. Realizei cinco lutas, onde fui vice-campeão”.
Ronerson afirma que no decorrer da sua trajetória no esporte, sempre buscou se aperfeiçoar, o que motivou sua mudança de cidade. “No ano de 1996 mudei para Bastos em São Paulo, para treinar na Associação Julho Bastos”.
“Nessa acadêmia havia atletas de reconhecimento nacionais e internacionais. Foi uma época de experiência, na minha concepção aprendi um judô que bate, que dói, que nos faz chorar, ou seja, é o judô em que para ser campeão há um preço a ser pago”, destaca.
Prática
Conforme Ronerson, para se praticar o judô é preciso entender o esporte. “O judô mostra que para ser campeão é preciso ter a vontade de vivê-lo e amar, pois é um caminho árduo”.
Após um período em São Paulo, por motivos pessoais, o atleta teve que retornar para o Paraná, voltando com seus treinos em Pinhão.
“Depois da minha volta, fiquei 13 anos treinando em Pinhão, participando de competições. Em 2000 comecei a cursar Fisioterapia, me formando quatro anos depois”, relata.
Conciliando trabalho e esporte
Segundo Ronerson, durante todo o período de faculdade, ele continuou praticando o esporte, participando de competições, ganhando quatro campeonatos internos universitários. Depois, reduziu os treinos e se dedicou mais a sua profissão.
“Me afastei por um tempo dos tatames, para me aperfeiçoar na profissão e melhor atender meus pacientes”.
Depois de um período afastado, o atleta retornou às competições. “Em 2016, depois de um período de adaptação aos treinos, fui vice-campeão paranaense na cidade de Campo Mourão, participando também, no ano seguinte, em Foz do Iguaçu, saindo campeão”.
Ronerson parou com as competições em decorrência de uma lesão e depois, com a pandemia teve que se reinventar.
“Durante esse período precisei achar maneiras para praticar: montava os tatames atrás da casa e treinava com minha noiva”, diz Ronerson.
Neste ano, o atleta voltou as atividades, participando do Campeonato Paranaense, no qual foi campeão, e depois do Campeonato Brasileiro, em Santa Catarina, entre atletas nacionais e internacionais.
Atualmente, Ronerson divide sua vida esportiva com a profissional. “Durante a semana, trabalho em Guarapuava e Foz do Jordão. Nessa rotina eu treino em Pinhão e Reserva do Iguaçu”.