Skeleton, o esporte mais radical dos jogos de inverno

Para o próximo ciclo olímpico o Brasil pretende montar sua primeira equipe adulta feminina

O skeleton é considerado um dos esportes mais radicais dos Jogos Olímpicos de Inverno e é disputado individualmente. Nas competições, o atleta se lança em um trenó e desce de cabeça para a pista. Ele faz de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.

Origem

Assim como o bobsled, a origem do esporte remonta ao século 19, com a popularização dos trenós como meio de transporte em montanhas. A primeira corrida foi realizada em 1884, na Suíça. Oito anos depois, um inglês conhecido como Mister Child apresentou um novo trenó, semelhante ao esqueleto humano, o que teria dado nome à nova modalidade esportiva.

Equipamentos

Por competir individualmente e sem a proteção do trenó do Bobsled, o atleta precisa utilizar alguns equipamentos adicionais. O trenó, por exemplo, é feito de metal na sua estrutura e plástico nas bases e deve pesar 43kg na competição masculina e 35kg entre as mulheres e, com o peso dos competidores, não pode ultrapassar 115kg e 92kg, respectivamente.

O capacete é de uso obrigatório, assim como as sapatilhas com mini-agulhas na sola para dar tração durante a largada. Protetores de ombros e cotovelos são opcionais, mas ajudam a evitar ferimentos e, se forem utilizados, devem ficar embaixo dos trajes – projetados para diminuir o atrito com o ar.

Por fim, as pistas são as mesmas do bobsled: feitas de concreto e com um sistema de refrigeração para ficarem cobertas de gelo.

Brasil no Skeleton

O Brasil iniciou sua trajetória no Skeleton logo após a fundação da Associação Brasileira de Bobsled, Skeleton e Luge (ABBSL), precursora da CBDG, em 1996. Leandro Fracasso, um dos pioneiros de bobsled do Brasil, foi o primeiro atleta do país a treinar no Skeleton, em 1999, mas não chegou a competir oficialmente.

Emílio Strapasson, em 2003, foi o responsável por colocar o país no cenário internacional do skeleton com participações na Copa América. Ele ficou próximo da vaga olímpica em 2006 e 2010, mas infelizmente não conseguiu o índice necessário.

Após retomar suas atividades com uma nova diretoria em 2013, a CBDG retomou o investimento no Skeleton, com participações de atletas na Copa América, no Mundial e nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno, em 2016. Para o próximo ciclo olímpico, o Brasil irá montar sua primeira equipe feminina adulta para tentar a vaga inédita nos Jogos de Inverno.