O Operário de Laranjeiras do Sul voltou a arrebatar torcedores em 2019. Depois de 29 anos na inatividade no futebol de campo, o clube retornou ao cenário profissional através da Série Bronze do Paranaense de Futsal.
Com bom planejamento fora das quatro linhas, o Rubro-Negro alcançou o título da terceirona e o consequente acesso à Série Prata. Os resultados foram embalados pelo lotado Ginásio Laranjão.
A torcida se fez presente como nunca antes na cidade. A média de público foi de impressionantes 1,7 mil por partida – número maior que a capacidade de alguns palcos da Série Ouro, como do Teodorico Guimarães, que comporta 1,3 mil pessoas. Na grande final, entre os 2,5 mil presentes, a torcida organizada Sangue Rubro-Negro foi quem deu o tom nas arquibancadas.
Eternizando a felicidade
Diante de tanta alegria e orgulho pelo time, as formas que os torcedores do Operário encontram para eternizar esse momento mágico são diversas. O presidente da organizada, Renan Jakobouski, 26 anos, por exemplo, foi ousado e, na semana passada, tatuou em uma das panturrilhas o brasão da Sangue Rubro-Negro. Foi a sua 11ª tatuagem. Duas destas, já destinadas à outra paixão: o Palmeiras.

Foto: Juliam Nazaré
Arrependimento no futuro
O Operário Laranjeiras no futsal trata-se de um projeto recente, com menos de dois anos de criação, atuando em uma modalidade instável. Prova disso são os altos e baixos que os clubes do Paraná volta e meia protagonizam, como o Matelândia – da Série Bronze em 2016 para a Série Ouro em 2018, até fechar as portas em 2019.
Motivos que serviriam para repensar ou ter um futuro arrependimento pela tatuagem feita? Não para Renan. “Acredito que se o Operário acabar, não será já, e se acontecer, a tatuagem eternizará essa fase boa da minha vida”.

Foto: Juliam Nazaré
“O Operário é um fenômeno”
A forte declaração de amor ao Operário tem ligação sanguínea. Renan é sobrinho do ex-presidente do clube, Vladmir Abromoveach. O jovem trabalha como motorista de ônibus, mas equilibra o tempo que lhe resta com a torcida organizada.
“Quando nós começamos, tínhamos 10 integrantes. Na final da Bronze já eram 200. O Operário é um fenômeno. Quando havia a AEL – antigo clube de futsal da cidade -, eu até acompanhava, mas não era fanático como agora”.
Segundo Renan, sua ideia já tem inspirado outros torcedores. “Alguns amigos, membros da torcida, querem fazer a mesma tatuagem”.