6ª Semana Literária trouxe musical, cordel e teatro ao Colégio Laranjeiras
Um dos destaques do projeto foi ‘O Mágico de Oz’, apresentado ontem (30) pelo 2ºA. Para a profª Tânia, a dedicação dos alunos desde o início do ano reflete no sucesso das apresentações
A Semana Literária do Colégio Estadual Laranjeiras do Sul é uma tradição. Esse projeto, que reforça o amor pelas obras clássicas e literatura já está na sexta edição, após superar adversidades como o Covid-19, e acontece de forma intercalada, sendo uma edição anual deste projeto e no ano seguinte, a Mostra Cultural.
Em 2024, o tema escolhido pela coordenação, tendo como protagonista a professora de Língua Portuguesa, Tânia Maria de Nez, visava relembrar os clássicos, iniciando apresentações na segunda-feira (28) e encerrando hoje (31). Entre as peças de teatro, poema e musicais, que inauguraram a reforma do auditório, estão ‘O Pequeno Príncipe’, ‘Dom Quixote’, ‘Menino Maluquinho’, ‘Auto da Barca do Inferno’ e muito mais. “Nosso lema é a frase de William Shakespeare, que cita “Enquanto houver um louco, um poeta e um amante, haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança”.
Dedicação
Para a profª Tânia, o projeto é resultado das atividades realizadas em sala que incentivam a leitura. Segundo ela, uma ferramenta que também ajudou neste processo foi a plataforma do Estado chamada ‘Leia Paraná’, onde os alunos podem buscar títulos online. “Nosso objetivo é incentivar a garotada. É de sabedoria de todos que por meio da leitura se formam bons cidadãos e serve também de horizonte para escolhas no futuro”.
Tânia relata que o trabalho intenso e preparação são compensados com o envolvimento dos alunos, que abraçam o projeto com muito carinho. “Há muita dedicação de todas as turmas. A apresentação melhora a oratória e aproxima-os sempre. Quando alteramos o cronograma, que antes era anual, nossos alunos sentiram a falta do envolvimento que só a Semana Literária traz”.
Como citado, não são só peças teatrais que movimentaram a semana. O cronograma inclui a apresentação de cordéis, como ‘Vidas Secas’ e a história de ‘Lampião’. Outro clássico nacional apresentado foi ‘A Terra dos Meninos Pelados’, de Graciliano Ramos, que como diz a professora, é atemporal, tratando sobre bullying.
Uma das peças que encerram a Semana Literária, é o musical ‘A Bela e a Fera’, apresentado em Inglês.
O Mágico de Oz
Na tarde de ontem (30), a turma do 2ºA foi o responsável por relembrar o clássico infantil de L. Frank Baum. Aquele que apresenta a história da menina Dorothy, junto dos amigos Espantalho, Homem de Lata e Leão Covarde. Com apoio das professoras, Rádio Campo Aberto e Estúdio Ballerina, a obra que marca as aventuras pela Cidade das Esmeraldas fez brilhar os olhos de todos os alunos.
Os protagonistas da peça foram Pérola para Dorothy, Lara para Espantalho, Yuri para Leão Covarde, Luiz Guilherme para Homem de Lata e Jorge para O Mágico de Oz. Além disso, Helena representou a Ninfa do Mágico e Luiza, a secretária de Oz.
Todos os alunos já se apresentaram em outras peças menores e desta vez, encararam grandes personagens. Pérola destaca que há cinco meses se dedicam à apresentação, pensando e buscando figurinos, ensaiando, lendo e relendo o roteiro, até realmente se apresentarem. “Estive muito nervosa, mas foi incrível como subi ao palco e me acalmei. Acho que minha curiosidade pelos personagens me ajudou muito e agora, após duas apresentações, estou muito feliz com o resultado”, disse.
Quem deu vida ao Espantalho, Lara admite que foi uma ótima escolha do personagem. “Diferente de outras oportunidades, nessa me desafiei e escolhi algo de maior destaque. Adorei incorporá-lo e entrei de fato no personagem, pois demandava um cuidado maior com expressões corporais e faciais e sempre fui um pouco travada. Amei”.
Para Luiz Guilherme, que representou o Homem de Lata, a preparação foi muito democrática, já que queria o papel por se ver nele, não só pelo coração, mas pelas características dele, como o andar diferente. “A apresentação me permitiu melhorar a fala e atuação. Profª Tânia foi quem me ajudou nas aulas de oratória e nos ensaios”.
Yuri deu vida ao Leão Covarde para Danar, mas por pouco foi o Tio Henry. A escolha de última hora veio de encontro com o que Pérola disse de optar por um personagem mais marcante. “Não queria ser segundo plano e fui feliz na escolha, pois adorei ser o Leão. Meu recado também é para a profª Tânia, por ter proporcionado esta experiência incrível”.
Jorge, responsável pelo Mágico, o escolheu por ser um personagem realista e para mudar a visão que todos têm dele fora dos palcos. “O Mágico percebe que pode se beneficiar da ingenuidade das pessoas de Oz e eu acho muito divertido interpretar algo diferente do meu cotidiano. Muitos me veem como um menino inofensivo, mas contracenando, posso ser quem eu quero, até este homem interesseiro e cínico. Foi muito interessante”.
Os alunos agradecem a todos os professores, mas com menção à professora Izolete, que os liberou em várias aulas para ensaiar. “É incrível como todos nós, alunos e professores, nos dedicamos ao projeto. A literatura aguça nossa criatividade e sabedoria. Este é nosso último ano apresentando e fomos muito felizes neste projeto”, conclui Pérola.
Orgulho
Para finalizar, o diretor Walter Rogerio Pavan destaca que tudo só foi possível pela dedicação de todos, visto que destinaram tempo, empenho e amor no projeto mais uma vez. “Orgulho das minhas colegas é o que resume tudo. Sem elas, o amor e a competência, nada seria concluído. A literatura está presente e graças aos esforços das professoras e dos alunos, concluímos mais uma vez, com sucesso, nossa Semana Literária”