Ana Carla Pchegoski revela os cuidados necessários para um procedimento de perfuração de piercing

“Todo material utilizado deve ser asséptico e estéril. Desde o palito que usamos para marcação até o cotonete de limpeza, que devem ser embalado em papel grau e autoclavável”, destaca Ana Carla Pchegoski

O piercing é um acessório que cada vez mais ganha espaço na vida da população. Existem pessoas que acreditam ser apenas um ‘furinho’, porém se não cuidado corretamente pode acarretar em grandes problemas de saúde, como queloide, infecção sanguínea e pericondrite.

A body piercing Ana Carla Pchegoski, explica sobre a profissão, procedimentos e cuidados com as perfurações, tanto do cliente como do profissional.

Body piercing

Primeiramente para uma melhor compreensão, Ana relata como surgiu a expressão ‘body piercing’. “O nome foi dado por Jim Ward e Doug Malloy, após transformarem o ato de enfeitar o corpo com acessórios perfurantes, em uma atividade profissional”.

Segundo Ana, o termo em português significa, perfurador corporal. Recebe esse nome, o profissional que introduz joias corporais/piercing.

Ana explica a origem das perfurações. “Além do ato de adornar o corpo de uma maneira segura, precisamos lembrar que as perfurações corporais eram e ainda são rituais na maioria das tribos indígenas, e se associa ao sinal de diferenciação ou desejo de modificar o próprio corpo”, exemplifica Ana.

Modificação corporal

A profissional explica, que apesar de ser um procedimento cauteloso e cuidadoso como em procedimentos cirúrgicos, ele se difere da medicina. “A legislação não nos permite utilizar anestesia, sutura, bisturi, punch ou qualquer outro dispositivo de uso exclusivo médico, que se classifica como exercício ilegal da medicina”.

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Procedimento

A body piercing revela os cuidados que devem ser tomados desde o início da perfuração pelo profissional que realizará o procedimento.

“Todo material utilizado deve ser asséptico e estéril. Desde o palito que usamos para marcação até o cotonete de limpeza, devem ser embalados em papel grau e autoclavável (esterilizado por meio do calor úmido sob pressão de uma máquina profissional)”.

“As luvas cirúrgicas estéril, são a melhor opção para a perfuração corporal. É uma luva grossa, comprida e resistente, mantém a segurança das mãos do profissional por até quatro horas. Enquanto apenas as mãos estéreis tem a durabilidade de sete minutos, o que não é indicado para realizar procedimentos corporais.”, exemplifica a profissional.

Segundo ela, a perfuração corporal é uma atividade de risco. Por isso o profissional deve ter um vasto conhecimento de biossegurança e controle de infecção.

Agulhas

A profissional detalha sobre o uso dos materiais corretos no momento da perfuração. “O cateter foi introduzido e adaptado no mundo do body piercing, por ser um dos materiais mais seguros. Na medicina são usados para introduzir medicamentos na veia. Com o passar dos anos os profissionais estudaram no desenvolvimento de uma agulha própria para a perfuração de piercing”.

Conforme Ana, a agulha indicada para as perfurações é a “Blade”, conhecida como ‘agulha americana’, pois oferece mais segurança e melhor cicatrização.

Joias

A body piercing declara que, “a melhor opção de joias e com custo benefício acessível é o titânio. Pois é leve e resistente, podendo durar até 90 anos. O material tem compatibilidade com o organismo, que leva de quatro meses a um ano para a cicatrização completa”, complementa Ana Carla.

Segundo ela, o aço cirúrgico que já foi muito usado não é indicado, pois é composto por diversos elementos entre eles o ferro e níquel, que são contaminantes. Esses elementos podem produzir alergias em alguns organismos e estimular as famosas queloides, sua cicatrização leva de seis meses a dois anos.

Cuidados

Ana repassa alguns cuidados que devem ser tomados depois da perfuração. “É importante fazer a higienização com sabonete líquido neutro, muita água do chuveiro para remover as cascas que não devem ser arrancadas, pois retarda a cicatrização”.

“Devem ser feitas compressas com gaze e soro fisiológico de ampola. Evitar a contaminação por cabelo sujo, fronhas, travesseiros, animais de estimação, celular, fones e mão suja. Não pode passar álcool 70, nem pomadas e antissépticos pois deixam o local mais exposto a contaminação”, finaliza a body piercing.

Para mais informações: (42) 9 8434-2485 ou pelo Instagram: @anapiercing20