A capacitação que começou na segunda-feira (10), encerrou ontem (13) no Cine Teatro Iguassu e contou com grande público. Profissionais de diversos setores participaram, como pedagogas, professoras, psicopedagogas, psicólogas, assistentes sociais, agentes comunitárias de saúde, advogados, agentes de segurança pública, promotores, juízes, dentre outros
A prefeitura de Laranjeiras do Sul com a secretaria de Assistência Social ofereceu durante essa semana uma capacitação voltada a Escuta Especializada de crianças e adolescentes vítimas de violência. Os três dias de curso foram ministrados por Daniela Zeponi, psicóloga Jurídica e idealizadora da ‘Comunidade Heróis da Escuta’. A capacitação que começou na segunda-feira (10), encerrou ontem (13) no Cine Teatro Iguassu e contou com grande público. Profissionais de diversos setores participaram, como pedagogas, professoras, psicopedagogas, psicólogas, assistentes sociais, agentes comunitárias de saúde, advogados, agentes de segurança pública, promotores, juízes, dentre outros.
Importância de capacitar a rede
Segundo a secretária de Assistência Social Regiane de Castro o objetivo é capacitar os profissionais que atuam nestas áreas para cuidarem das crianças e dos adolescentes que sofrem algum tipo de violência seja em casa, na comunidade ou na escola. “Estes servidores estarão aptos a prestarem um serviço de qualidade na escuta especializada das vítimas, garantindo seus direitos por meio de medidas de assistência e proteção para as que mais precisam” enfatiza Regiane.
Em seu discurso, a psicóloga Jurídica Daniela Zeponi, destacou que a escuta é voltada àqueles profissionais que geralmente recebem o primeiro contato das crianças, vítimas de alguma violência. “Por isso essa escuta inicial é tão importante, pois ela pode levar a criança ou adolescente a mudar os relatos dos quais foram testemunhas ou vítimas, assim como não os fazer”, diz a profissional.
A capacitação foi exclusiva para profissionais de Laranjeiras e Daniela lembra o papel importante de instituições como o Cras, Creas, UBS’s, Caps, Conselho Tutelar, Escolas, Apae e outros. “Esses órgãos são indispensáveis para que possamos olhar e entender as crianças e adolescentes, vítimas de violência. E com esses conhecimentos, quando um caso acontecer, que ela venha até a professora da escola, por exemplo e essa profissional saiba como ouvir, acolher e não fazer perguntas indutivas”, aponta a psicóloga.
Conforme Regiane, a secretaria sempre busca aperfeiçoar os atendimentos em todos os âmbitos. “Esse tipo de atividade soma ao trabalho dos profissionais da rede. Foi proporcionado esclarecimentos e interpretações das legislações, no qual todos podemos compreender os papéis específicos de atuação de cada profissional dentro da rede de proteção”, enfatiza a secretária.
Trabalho permanente
Daniela declarou que é necessária uma compreensão de toda sociedade sobre a escuta de crianças que sofrem violência, e não só das equipes técnicas como assistência social e psicólogos. “Todos nós podemos fazer a diferença quando, ao ver uma situação de violência, não nos calarmos. Procure o Conselho Tutelar, a Promotoria de Justiça, ligue no disque 100, faça uma denúncia anônima, dessa forma a rede de proteção será acionada para que essa criança não continue sofrendo”, reforça a psicóloga.
E finaliza dizendo que é dever de toda sociedade lutar para acabar com todo tipo de violência. “Nossas crianças têm o direito de crescerem numa sociedade melhor, num ambiente saudável e sem nenhum tipo de humilhação ou trauma”, acredita Daniela.